Crónica: FC Porto supera Chaves com triunfo cimentado nos últimos minutos

No início da segunda parte, aos 49 minutos, Aboubakar inaugurou o marcador, mas o resultado só foi ampliado nos instantes finais, quando Soares, aos 86, fez o segundo, na recarga a um penálti que falhou, e Marega, aos 88, apontou o terceiro.

Com este triunfo, o FC Porto, que soma cinco triunfos em igual número de jogos no campeonato, assume a liderança da prova, a par com o Sporting, somando 15 pontos, enquanto o Chaves continua sem vencer e caiu para último, com apenas um ponto.

Os dragões, que apresentaram como novidade no ‘onze' a entrada de Layun para a lateral direita, em deferimento de Ricardo Pereira, que ficou no banco, protagonizaram uma exibição oscilante, e, sobretudo na primeira parte, pouco consistente, perante um adversário que ainda chegou a criar alguns calafrios.

Anda assim, equipa portista até assumiu cedo o controlo das operações e, logo aos seis minutos, deixou um primeiro aviso ao guarda-redes dos flavienses Ricardo, que teve de se aplicar para suster um remate de Brahimi.

Pouco depois, foi um cabeceamento de Danilo, na sequência de um canto, desviado por um defesa contrário, que levou novo perigo para o Chaves, num lance que acabou por fazer despertar os transmontanos para o jogo.

Afastado o nervosismo inicial, os comandados de Luís Castro, que estreou neste jogo os reforços Maras e Djavan, começaram a recalibrar a equipa, sobretudo no meio campo, conseguindo tolher os movimentos do FC Porto, que passou, então, a viver de iniciativas individuais.

Marega mostrou ser combativo, mas sem técnica suficiente para que as suas investidas pudessem desequilibrar, até porque o Chaves, com o avançar do cronómetro, foi ganhando confiança para anular as tentativas contrárias.

Perante a parca coerência ofensiva do FC Porto, os flavienses iam tentando responder em contra-ataque, e já perto da meia hora de jogo, criaram uma das melhores oportunidades da etapa inicial, num tiro de Jefferson, que Casillas respondeu com grande defesa.

Ao atrevimento contrário, o FC Porto respondeu acentuando a pressão na área contrária, mas, novamente, sem efeitos práticos em termos de finalização, fazendo com que o ‘nulo’ se arrastasse até ao intervalo.

Após o período de descanso, Sérgio Conceição quis dar maior ‘poder de fogo' à equipa, promovendo a entrada do avançado Soares, que não jogava desde a primeira jornada, quando se lesionou, entrando para o lugar do inconsequente Corona.

A aposta do técnico do FC Porto não poderia ter corrido melhor, porque, logo aos 49 minutos, foi dos pés do brasileiro que nasceu o primeiro golo da partida, assinado por Aboubakar

Soares colocou a bola na área e após Brahimi deixá-la passar, esta encontrou o ponta-de-lança camaronês, que num remate oportuno, ainda desviado ligeiramente pelo flaviense Paulinho, inaugurou o marcador.

O golo de rompante dos ‘azuis e brancos' fez mossa no ânimo dos flavienses, que demoraram a reajustar-se, deixando espaço para que o FC Porto insistisse, mas, tal como no primeiro tempo, sem clarividência necessária na finalização.

A equipa transmontana conseguiu, ainda assim, e já aos 70 minutos, ter uma soberana oportunidade para empatar, quando um passe de Paulinho desmarcou William, que, isolado frente ao Casillas, acabou por rematar, em esforço, ao lado.

O calafrio forçou os ‘dragões’ a manterem a pressão sobre o adversário, na tentativa de chegar um resultado que desse mais tranquilidade, mas acabou por ser, novamente o Chaves a ameaçar o empate, desta feita aos 81 minutos, num remate de Tiago Galvão, na área, que saiu ligeiramente ao lado.

No entanto, nos últimos minutos, o FC Porto ‘puxou dos galões’ e desatacou-se no âmbito da eficácia, conseguindo, em menos de dois minutos, dar o ‘xeque-mate' ao adversário, apontando mais dois golos.

Aos 86 minutos, após um corte com a mão do defesa do Chaves Maras, os ‘dragões' dispuseram de uma grande penalidade, que Soares, na cobrança, converteu no 2-0, mas só na recarga a um primeiro remate seu, que Ricardo desviou para a frente.

E, quando ainda as bancadas estavam a festejar o segundo tento, foi Marega, aos 88 minutos, a aumentar a vantagem, num desvio pleno de oportunidade a uma assistência de Oliver Torres, que fixou o 3-0 final.