Crónica: Paços Ferreira eficaz vence Moreirense, num jogo com cinco golos

Pedrinho inaugurou o marcador, aos 29 minutos, Welthon aumentou a vantagem para os pacenses aos 31, na conversão de uma grande penalidade, e Miguel Vieira, aos 74, estabeleceu o resultado final, desbloqueando o empate conseguido com tentos de Rafael Costa, aos 40, também de penálti, e Iago Santos, aos 64.

Na antevisão ao jogo, o técnico pacense tinha feito campanha por uma entrada assertiva e a tempo inteiro dos seus jogadores, mas só meia promessa foi cumprida. Os locais, com João Góis, que realizou os primeiros minutos da época, e Pedrinho no ‘onze', entraram fortes e dominadores, explorando os corredores, em passes curtos ou com bolas em profundidade, manietando o adversário.

O Moreirense, com a mesma equipa que ‘empatou’ o Sporting (1-1), na última jornada, resistiu à entrada forte do adversário e, a partir dos 15 minutos, sensivelmente, coincidindo com uma perda de intensidade dos locais, começou, finalmente, a jogar no meio campo ofensivo.

Os forasteiros eram mais rematadores, em termos absolutos e em pontapés enquadrados à baliza, numa tendência que se manteve até final, mas seriam os pacenses a adiantar-se no marcador por Pedrinho.

O médio ofensivo do Paços ganhou uma bola nas costas dos centrais, ajeitou e rematou, com a bola a sofrer um desvio num defesa e a trair Jhonatan, que voltaria a ser batido dois minutos depois, aos 31, por Welthon, na cobrança de uma grande penalidade, a castigar falta desnecessário cometida sobre si por Rúben Lima.

O Paços, sem ter feito muito por isso, ganhava uma vantagem de dois golos, mas a reação do Moreirense, muito por ação de Rafael Costa, um dos mais rematadores, viria a dar resultados ainda na primeira parte, também na cobrança de um penálti, por entrada imprudente de Bruno Santos sobre Penã, que o médio do Moreirense converteu de forma exemplar.

Com este golo, a formação de Moreira de Cónegos reentrava na discussão do resultado e a segunda parte indiciou essa disposição da equipa, sempre mais próxima da área contrária e rematadora, com Tozé a surgir mais recuado para ter bola e pegar no jogo, face a um Paços que procurava acomodar-se ao adversário.

Não estranhou o empate, alcançado por Iago Santos na área do Paços, aos 64 minutos, num desvio de cabeça em lance do qual Mário Felgueiras não fica totalmente isento de responsabilidades.

Tal como na primeira parte, o Paços, sem ter feito muito por isso, voltou a ser feliz e, desta vez, decidiu mesmo o jogo, por Miguel Vieira, a corresponder de cabeça a um canto (o primeiro de dois conseguidos pelos locais na segunda parte e em todo o jogo) batido por Xavier da direita.

Este golo ‘confortou' os pacenses, que souberam segurar, depois, a bola até ao final, quase sempre longe da baliza, não permitindo grandes situações ao Moreirense de voltar a empatar o jogo.

Com este resultado, o Paços de Ferreira deu um valente salto na classificação, ascendendo provisoriamente ao nono lugar, com nove pontos, mais três do o Moreirense, que caiu para o 18.º e último lugar.