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Sporting: Iordanov incomodado por ter de voltar a chamar testemunhas

O búlgaro Iordanov mostrou-se hoje ''triste'' por ter de voltar a chamar as suas testemunhas para o julgamento que o opõe ao Sporting no caso da homenagem exigida pelo antigo futebolista capitão ''leonino'', que decorre no Tribunal do Trabalho de Lisboa.

O primeiro dia do julgamento ficou hoje marcado pela audição das testemunhas do ex-futebolista, tendo sido ouvidos os antigos capitães do Sporting Oceano e Ricardo Sá Pinto, além de representantes dos núcleos do clube ''leonino'', que defenderam o antigo jogador, considerado uma figura carismática do Sporting.

''Estou a ficar muito triste. Vir aqui outra vez, chamar as pessoas (testemunhas) outra vez. Fazer uma coisa que nunca quis fazer na vida'', disse Iordanov à saída do Tribunal.

O antigo capitão do Sporting sublinhou que não foi ele que obrigou o clube ''leonino'' a colocar a cláusula do jogo de homenagem no seu contrato em 2001, pelo que não compreende a atitude do clube.

De acordo com o advogado do futebolista, José Serrão, não foi possível chegar a acordo com o clube de Alvalade até hoje, apesar de todas as insistências do jogador.

''O Sporting não cumpriu com aquilo que acordou, refugiando-se em vários tipos de argumentos que, do ponto de vista do Iordanov, não fazem qualquer sentido, porque são injustificáveis'', afirmou José Serrão.

Para o causídico, trata-se de uma ''questão de boa fé'' e, como tal, o Sporting ''deve-se comportar como pessoa de boa fé e honrar aquilo a que livremente se comprometeu em 2001''.

José Serrão adianta que tudo foi feito para que se chegasse a um acordo em que as partes saíssem com ''dignidade, no respeito quer por Iordanov, quer pelo Sporting, quer pela massa associativa e família leoninas''.

Entre os argumentos do Sporting, estão, de acordo com José Serrão, o facto do clube alegar que ''o jogo não tem interesse, que as televisões não estariam motivadas para o transmitir, que o estádio estaria vazio e que o Sporting, ao realizá-lo sem qualquer tipo de interesse, só iria ter prejuízo''.

Para resolver o diferendo, antes de este chegar ao Tribunal, foram equacionadas várias possibilidades, entre as quais compensar financeiramente o jogador, mas, de acordo com José Serrão, a posição do Sporting foi de ''total intransigência até agora''.

''Hoje, foram ouvidas as testemunhas de Iordanov. Amanhã (terça-feira) serão as do Sporting. E, infelizmente, terá de ser o Tribunal a decidir aquilo que o Sporting poderia ter resolvido se assim o quisesse fazer'', explicou o advogado.

No entanto, José Serrão ainda mantém a esperança de que o Sporting possa reconsiderar a sua posição.

''Vamos deixar que o tribunal resolva, mas tenho ainda esperança que o Sporting possa reconsiderar e possa apresentar ao Iordanov uma proposta que seja digna'', considerou.

Apesar do diferendo, tanto Iordanov como o seu advogado, além de Oceano, consideram que ainda há ambiente para se realizar o jogo de homenagem.

''O Sporting não é a administração do clube. O Sporting é a massa associativa, os núcleos, os jogadores, são todos aqueles que gostam do Sporting e do futebol. Esses é que vão encher o estádio e esses reclamam interesse e motivação no jogo'', concluiu.

Iordanov, actualmente com 39 anos, actuou durante 10 temporadas no Sporting - entre 1991/92 e 2000/2001 - e esteve ligado ao penúltimo título ''leonino'', em 1999/00, que pôs fim a 18 anos sem títulos nacionais.

LUSA

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