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Mundial-2018: Pelé e Maradona, os 'reis' do futebol 'fizeram-se' nos Mundiais

O brasileiro Edson Arantes do Nascimento, vulgo Pelé, e o argentino Diego Armando Maradona são para muitos as duas maiores figuras da história do futebol e ambos passaram a ‘incontornáveis’ pelo que fizeram em Mundiais.

Mundial-2018: Pelé e Maradona, os 'reis' do futebol 'fizeram-se' nos Mundiais

Pelé é, simplesmente, o ‘rei’, ao não fosse o único jogador que se pode orgulhar de ser tricampeão do Mundo, enquanto Maradona está na ‘lenda’ como o jogador que, sozinho, como nenhum outro, levou uma seleção ao título, com momentos verdadeiramente únicos.

Nascido em Três Corações, no Brasil, a 20 de outubro de 1940, Pelé apresentou-se ao Mundo com apenas 17 anos, a idade com que deslumbrou no Mundial de 1958, sendo o maior responsável pelo primeiro cetro conquistado pelos ‘canarinhos’.

Doze anos mais tarde, já com 29 anos, coroou-se em definitivo no México, sagrando-se tricampeão, com quatro golos em seis jogos, depois de as lesões não o terem deixado brilhar em 1962, no ‘bis’ do Brasil, e em 1966, eliminado na primeira fase.

Para chegar ao ‘tri’, Pelé teve, porém, ao seu lado um lote de ‘enormes’ jogadores, como Garrincha, Didí, Vavá, Gilmar, Djalma Santos, Zagalo, Amarildo, Carlos Alberto, Jairzinho, Tostão, Rivelino ou Nilton Santos.

Bem diferente, foi a história de Maradona, nascido em Lanús, na Argentina, duas décadas depois, a 30 de outubro de 1960, que só conseguiu um título, mas quase sozinho, sem craques ao seu lado, ele contra o Mundo, como sempre, dentro e fora do campo.

Com os mesmos 17 anos com que Pelé se começou a consagrar na Suécia, Maradona, já craque, ficou fora das escolhas de Menotti para a edição de 1978, que os ‘albi-celestes’ venceram em casa, e não foi feliz na estreia, em 1982, afastado por Brasil e Itália.

Mas, o ‘pibe de ouro’ apareceria em todo o seu esplendor em 1986, no México, onde, num só jogo, com a Inglaterra, logrou dois dos mais emblemáticos golos da história, um com a ‘mão de Deus’ e outro após fintar mais de meia equipa inglesa.

Maradona brilharia ainda com a Bélgica, com um ‘bis’ nas meias-finais, antes de, na final, com a RFA, conseguir fugir à impiedosa marcação de Matthäus e isolar Burruchaga para o 3-2 final, depois de os germânicos recuperarem de 0-2 para 2-2.

Em 1990, com um conjunto ainda mais débil, o ‘10’ conseguiu conduzir a equipa até nova final, mas, com uma equipa desfalcada pelos cartões vistos nas célebres ‘meias’ com a Itália, em Nápoles, não logrou o ‘milagre’, para, em 1994, entrar em ‘grande’ e sair pela ‘porta pequena’, expulso por doping.

Pelé e Maradona marcaram muitas edições, ganhando ou perdendo, mas muitos outros jogadores fizeram a história dos Mundiais, a começar pelos uruguaios Enrique Ballestrero, José Leandro Andrade, Hector Scarone ou Pedro Cea, os primeiros campeões.

Depois, em 1934 e 1938, antes da II Guerra Mundial, e aproveitando muitas ausências, brilharam os italianos, de Giuseppe Meazza a Raymundo Orsi, passando por Luís Monti, Angelo Schiavio, Giampiero Combi, Silvio Piola ou Gino Colaussi.

Após a Guerra, voltou o Uruguai, para escrever no Brasil o ‘Maracanazo’, obra dos ‘imortais’ Juan Albert Schiaffino e Alcides Ghiggia, para desgosto de um Brasil liderado por um ‘letal’ Ademir, autor de nove golos na edição de 1950.

Depois, foi a vez de Ferenc Puskas, Zoltan Czibor, Sandor Kocsis, autor de 11 golos, ou Jozsef Bozsik mostrarem a ‘magia’ do futebol húngaro, que não teve o devido prémio em 1954, por culpa de uma pragmática RFA, de Helmut Rahn ou Fritz Walter.

Em 1958, o Mundo parou para assistir à ‘magia’ do futebol brasileiro, liderado pelo ‘miúdo’ Pelé, mas também viu dois franceses brilhar, Just Fontaine, que marcou 13 golos, o que, se calhar, ninguém repetirá, e Raymond Kopa.

Quatro anos volvidos, o ‘rei’ lesionou-se ao segundo jogo e as atenções viraram-se todas para Garrincha e o seu ‘drible de Deus’, que conduziu o Brasil ao ‘bis’, selando perante categórica Checoslováquia, de um ‘enorme’ Jozef Masopust.

Em 1966, ninguém apaixonou tanto a Inglaterra como o ‘Pantera Negra’, o português Eusébio da silva Ferreira, autor de nove golos, mas o título ficou em casa, por culpa de craques como Geoff Hurst, Bobby Charlton, Gordon Banks ou Bobby Moore.

O melhor Brasil de sempre surgiu em 1970, com Pelé a chegar ao ‘tri’ como uma ‘guarda de honra’ composta por jogadores como Jairzinho, Rivelino, Tostão ou Carlos Alberto, que não deram opção à concorrência, mas no México também brilharam os italianos Facchetti, Mazzola e Riva ou o alemão Gerd Müller.

A edição de 1974 acabou com o ‘bis’ da Alemanha, de Müller, Franz Beckenbauer ou Sepp Maier, mas ninguém encantou tanto como a ‘laranja mecânica’, liderada pela ‘magia’ de Johan Cruyff, mais Rensenbrink, Rep, Neeskens, Haan ou Krol.

Quatro anos volvidos, Menotti não deixou Maradona aparecer, mas Mario Kempes, Fillol, Passarella, Tarantini, Ardiles, Bertoni ou Luque deram o primeiro cetro à Argentina.

Em 1982, o Brasil surgiu com um futebol encantador, interpretado por artistas como Zico, Sócrates, Éder, Falcão ou Júnior, mas o italiano Paolo Rossi ‘anulou-os’, fazendo da Itália campeã, ao lado de Antognoni, Tardelli, Conti, Zoff ou Cabrini.

Os relvados espanhóis viram, porém, muito mais qualidade, do polaco Boniek aos franceses Platini, Giresse, Tigana e Trésor, passando pelo argelino Madjer, os alemães Karl-Heinz Rummenigge, Littbarski e Schumacher e o camaronês N’Kono.

No México, em 1986, só ‘deu’ Maradona, que tudo monopolizou até levantar a Taça do Mundo, mas outros craques deslumbraram, como o inglês Lineker, os belgas Scifo e Pfaff, o brasileiro Careca, o espanhol Butragueño e o dinamarquês Elkjaer.

Em 1990, a Itália deslumbrou-se com ‘Totó’ Schillaci e Roberto Baggio, mas o sonho dos anfitriões morreu perante Maradona, Caniggia e Goycoecha, que falharam o ‘bis’ face à Alemanha, de Matthaus, Klinsmann, Brehme, Völler ou Berthold.

Por terras transalpinas, muitos foram, porém, os nomes que se destacaram, como o veterano camaronês Roger Milla, os ingleses Paul Gascoigne e David Platt ou Chris Waddle, o colombiano Higuita, o checo Skuhravy e o jugoslavo Dragan Stojkovic.

Os Estados Unidos renderam-se, em 1994, ao talento de jogadores como o italiano Roberto Baggio, o búlgaro Stoitchkov, o romeno Hagi, o belga Preud’homme, os suecos Larsson, Brolin, Kennet Anderson e Ravelli e o russo Salenko, mais Romário e Bebeto, os jogadores ‘mais’ do ‘tetra’ brasileiro.

Na edição de 1998, a final deu todo o protagonista ao francês Zinédine Zidane, que a resolveu com um ‘bis’, sem ‘secar’, porém, o ‘brilho’ dos brasileiros Ronaldo, Rivaldo e Roberto Carlos, do croata Suker, do holandês Bergkamp, do inglês Michael Owen, bem como dos compatriotas Barthez, Thuram, Blanc, Petit ou Deschamps.

Depois de um calvário de lesões, o brasileiro Ronaldo voltou em 2002 para dominar, ‘escrevendo’ o ‘penta’ com oito golos, entre os quais os que decidiram meia-final e final, numa prova em que foi muito bem acompanhado por Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho.

Os alemães Ballack e Oliver Kahn, o turco Hakan Sukur, os ingleses Beckham e Owen, o italiano Vieri e o sul-coreano Ahn, o grande ídolo local, também encantaram na Ásia.

A edição de 2006, disputada na Alemanha, com a primeira aparição do português Cristiano Ronaldo (21 anos) e do argentino Lionel Messi (18), viu desfilar muita classe, dos franceses Ribéry e Zidane ao italiano Pirlo, campeão com a Itália, ao lado de Fabio Cannavaro ou Gianluigi Buffon.

Na África do Sul, em 2010, nada brilhou tanto com o ‘tiki-taka’ da Espanha, com Iniesta, Xavi, Busquets, Casillas, Piqué, Puyol e David Villa, mas também houve espaços para os holandeses Sneijder e Robben ou o alemão Thomas Müller.

Em 2014, Messi foi eleito o melhor, ao conduzir a Argentina à final, mas o maior poder coletivo dos alemães ditou leis, com jogadores como Mario Götze, o herói da final, Neuer, Lahm, Kroos, Müller ou Klose, que deram 7-1 nas meias-finais ao anfitrião Brasil, de Neymar. Também reluziu o holandês Arjen Robben.

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