Mundial-2018 (Gr. C): França na 'pole', Dinamarca e Peru lutam pela segundo lugar

Vicecampeões europeus em título, os gauleses surgem na Rússia com uma equipa de grande qualidade, que tem como grande ‘estrela’ Antoine Griezmann, avançado do Atlético de Madrid que pode estar a caminho do FC Barcelona.

Ao seu dispor, o selecionador Didier Deschamps tem mais uma série de ‘estrelas’, como Paul Pogba e o jovem Kylian Mbappé, mais Hugo Llloris, Raphael Varane, Samuel Umtiti, Blaise Matuidi, N’Golo Kanté ou Olivier Giroud.

A ‘fartura’ é tanta que Deschamps deu-se ao luxo de prescindir de jogadores como Karim Benzema, Kingsley Coman, Anthony Martial, Alexandre Lacazette ou Adrien Rabiot, sendo que, por lesão, perdeu os influentes Laurent Koscielny e Dimitri Payet.

Os gauleses, que se sagraram campeões em casa, em 1998, e em 2014 só ‘tombaram’ perante a campeã Alemanha (0-1), nos ‘quartos’, têm, ainda assim, tudo para evitar as ‘surpresas desagradáveis’ que viveram em duas das últimas quatro presenças – caíram na primeira fase em 2002 e 2010.

Na corrida pela outra vaga nos ‘oitavos’, a Dinamarca, liderada por Christian Eriksen, parte com um favoritismo ligeiro sobre o Peru, sobretudo se os sul-americanos não conseguirem ter a sua grande referência, o avançado Paolo Guerrero.

O jogador dos brasileiros do Flamengo está suspenso, por ter acusado cocaína num controlo anti-doping, e, embora até os ‘capitães’ dos seus três adversários na fase de grupos já o tenham pedido, é incerta a sua presença na Rússia.

Sem Guerrero, o ‘onze’ do argentino Ricardo Gareca fica diminuído, mas, no regresso a uma fase final, 28 anos depois, não deixa de ser candidato aos ‘oitavos’, com Edison Flores, Pedro Gallese, Jefferson Farfan ou os ‘portugueses’ Paolo Hurtado e André Carrillo.

Por seu lado, a Dinamarca tem em Eriksen, o médio do Tottenham que marcou 11 golos na fase de qualificação, a sua referência, num conjunto coeso e guardado na baliza por Kasper Schmeichel, o filho do ex-‘leão’ Peter Schmeichel.

Os nórdicos, que serão comandados pelo norueguês Age Hareirde, somam quatro presenças em fases finais e só em 2010, na última, ficaram na primeira fase, ao contrário do que aconteceu em 1986, 1998 e 2002, em que atingiram os ‘oitavos’.

O Grupo C inclui ainda a Austrália, a representante da Oceânia qualificada via Ásia, que, na quinta presença, não parece ter grandes possibilidades de repetir o feito de 2006, única edição em que ultrapassou a fase inicial.

Matthew Leckie, Aaron Mooy, Mile Jedinak e o veterano Tim Cahill são os nomes mais sonantes dos ‘cangurus’, que serão orientados pelo holandês Bert van Marwijk, finalista em 2010 com a seleção ‘laranja’.