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Pimenta Machado condenado a pena suspensa, Vale e Azevedo absolvido

O Tribunal de Guimarães condenou hoje Pimenta Machado, a quatro anos e três meses de prisão, com pena suspensa, e absolveu o ex-presidente do Benfica Vale e Azevedo.

O antigo presidente do Vitória de Guimarães estava acusado de quatro crimes de peculato e dois de falsificação de documentos mas o tribunal das Varas Mistas de Guimarães apenas deu como provados dois crimes de peculato e um de falsificação de documentos.

Pimenta Machado foi condenado a 4 anos e 3 meses de prisão, com pena suspensa.

O tribunal condenou ainda o antigo dirigente ao pagamento, no prazo de um ano, de 210 mil euros de indemnização ao Vitória de Guimarães.

O valor em causa, corresponde, segundo o acórdão lido esta manhã, à verba apropriada por Pimenta Machado, mais os respectivos juros.

Vale e Azevedo, ex-presidente do Benfica, que estava acusado de dois crimes de falsificação de documentos, foi absolvido.

O Ministério Público tinha pedido, ao Tribunal de Guimarães, a condenação de Pimenta Machado e Vale e Azevedo, considerando-os culpados dos crimes porque foram julgados, nomeadamente peculato e falsificação de documentos.

Nas alegações finais do julgamento, o procurador António Coimbra, embora sem especificar a medida das penas, pediu, no caso do ex-presidente do Vitória de Guimarães, Pimenta Machado, que lhe deveria ser aplicada ''uma pena razoavelmente severa''.

A posição do MP, que foi acompanhada pelo advogado do clube, Gonçalo Gama Lobo, foi contestada pelos advogados dos arguidos, José António Barreiros e Pedro Martinho, que defenderam não ter ficado provado nenhum dos factos da acusação.

O defensor de Pimenta Machado discorreu sobre o processo, acentuando que ''vários factos da acusação haviam já caído, por falta de provas, durante a fase de instrução, o mesmo tendo sucedido em julgamento''.

Garantiu que o ex-dirigente do Vitória de Guimarães emprestava dinheiro ao clube, que depois retirava quando a tesouraria tinha disponibilidade, e justificou o caso da venda de Fernando Meira ao Benfica, operação que Pimenta escondeu, com a necessidade de ''manter a confidencialidade'' num empréstimo que contraíra num banco suíço para o clube.

O advogado de Vale e Azevedo, Pedro Martinho sustentou que não ficou provada a prática de nenhum crime pelo seu constituinte, argumentando mesmo que o ex-dirigente do Benfica era alheio ao processo, já que apenas interveio em actos administrativos.

Ao longo das várias audiências, que se iniciaram em Maio de 2007, estiveram em debate as contas do Vitória de Guimarães, nomeadamente os movimentos feitos para as contas de Pimenta Machado ou de sua mulher, das verbas transferidas para uma firma ''off-shore'', de que era proprietário, ou de um empréstimo que fez num banco suíço, em nome pessoal e que terá alegadamente usado para comprar atletas.

O Ministério Público e o advogado do Vitória tentaram demonstrar que houve apropriação de verbas, enquanto que Pimenta Machado e o seu defensor procuraram provar que houve vários empréstimos ao clube de que Pimenta se ia ressarcindo, sempre que podia.

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