Crónica: Portimonense agradece autogolos e bate Benfica sem discussão

Na partida da 15.ª jornada da prova, disputada no Estádio Municipal de Portimão, Ruben Dias (12 minutos) e Jardel (38), com golos na própria baliza, decidiram a partida a favor dos algarvios, que venceram o Benfica pela primeira vez em 41 jogos e até podiam ter aumentado a diferença.

O Benfica, que terminou o jogo em inferioridade numérica devido à expulsão de Jonas - viu o vermelho direto aos 72 minutos -, saiu de campo sob um coro de assobios e com alguns adeptos a mostrarem lenços brancos, arriscando-se a cair para o quarto lugar, se o Sporting vencer o Belenseses na quinta-feira.

A equipa 'encarnada' já foi ultrapassada na tabela pelo Sporting de Braga e desceu para o terceiro lugar, com 32 pontos, enquanto o Portimonense somou a terceira vitória consecutiva na I Liga e subiu, provisoriamente, ao sétimo lugar, com 23 pontos.

No Benfica, o técnico Rui Vitória repetiu a equipa que aplicou uma goleada caseira ao Sporting de Braga (6-2), para a I Liga, com três mudanças relativamente ao encontro com o Desportivo das Aves (1-1), para a Taça da Liga, o último em 2018.

Por seu lado, Nakajima e Pedro Sá voltaram às opções de António Folha para o 'onze' dos algarvios, substituindo Wellington e Lucas Fernandes, que tinham sido titulares na vitória sobre o Feirense (1-0), na jornada anterior.

O jogo teve um início equilibrado, com a posse de bola dividida a meio-campo, mas o Portimonense abriu o ativo na sua primeira incursão à baliza ‘encarnada’, aos 12 minutos, num lance infeliz de Ruben Dias.

O lateral-esquerdo Wilson Manafá correu pela esquerda e centrou para a área, onde surgiu o central português a antecipar-se ao guardião Vlachodimos, que aparentava ter o lance controlado, para cortar em direção à própria baliza.

O Benfica tentava carrilar mais jogo pela direita, muito à custa das iniciativas individuais de Zivkovic - o único a tentar dar alguma criatividade a um futebol ‘nulo’, uma vez que, em termos coletivos, as soluções foram sempre escassas para tentar desbloquear a organização defensiva adversária.

Os algarvios não se sentiram muito incomodados, apesar das tentativas de Jonas, com um remate fraco e à figura (18) e um livre direto por cima (37), e Jardel, numa cabeçada para defesa de Ricardo Ferreira após cruzamento de Zivkovic (27).

Aos 38 minutos, novo lance infeliz para os ‘encarnados’, desta vez protagonizado por Jardel, que, de cabeça, tentou desviar o ‘chapéu’ de Jackson Martínez sobre o guarda-redes, após passe de Nakajima, mas desviou para a própria baliza.

Salvio e Seferovic foram lançados ao intervalo, para os lugares de Cervi e Gerson, e o Benfica intensificou a pressão sobre a baliza algarvia nos minutos iniciais do segundo tempo, com o avançado suíço a deixar a primeira ameaça, num cabeceamento por cima, aos 50 minutos.

A aposta de Rui Vitória num esquema tático 4-4-2 para a segunda parte não demorou muito a perder ‘gás’, deixando espaço para as transições rápidas dos locais, que viram o guarda-redes adversário evitar duas oportunidades flagrantes.

Aos 55, Paulinho e Wilson Manafá combinaram na área e o lateral rematou para defesa de Vlachodimos, que voltou a entrar em ação aos 68, numa grande defesa a ‘tiro’ de Paulinho.

Pouco depois, aos 72, Jonas viu o vermelho direto por entrada imprudente sobre o guarda-redes Ricardo Ferreira - depois de Manuel Mota ter consultado as imagens do VAR - e as esperanças do Benfica em sair do Algarve com um bom resultado reduziram-se bastante.

Até final, o Portimonense segurou as investidas inofensivas do Benfica e voltou a ter oportunidade para elevar a contagem, mas Lucas Fernandes permitiu nova defesa de Vlachodimos (90+4).