O Sporting superou o Benfica em quatro de cinco duelos a duas mãos a contar para a Taça de Portugal em futebol, o derradeiro há mais de meio século, nas meias-finais da edição 1962/63.
A formação ‘leonina’ afastou as ‘águias’ da prova em 1944/45 e 1953/54, com recurso a terceiro jogo, agora não contemplado, e ainda em 1959/60 e 1962/63, sendo que, pelo meio, o Benfica conseguiu qualificar-se em 1958/59.
O primeiro registo de uma eliminatória a duas mãos data de 1944/45 e o Benfica começou melhor, ao vencer no Lumiar por 2-1, com tentos de Alcobia e Julinho.
No Campo Grande, os ‘encarnados’ não conseguiram, porém, segurar a vantagem caindo por 3-2, por culpa de um ‘bis’ de Peyroteo e um tento de Jesus Correia, que já faturara na primeira mão.
O apuramento para a final da Taça, que o Sporting arrebataria (1-0 ao Olhanense), decidiu-se no Lumiar e os ‘leões’ impuseram-se por 1-0, com mais um tento de um ‘violino’, no caso Albano, aos 67 minutos.
O segundo embate, e único sem ser nas ‘meias’, aconteceu em 1953/54 e voltou a prevalecer o Sporting no desempate, desta vez com um 4-2 na Tapadinha, selado com golos Travaços, Vasques, Albano e Martins, contra um ‘bis’ de Arsénio.
Antes, em dois jogos realizados no Estádio Nacional, o Sporting impôs-se no primeiro jogo por 3-2 e o Benfica respondeu com um triunfo por 2-1.
O único sucesso do Benfica aconteceu nas meias-finais de 1958/59, rumo a um triunfo na final sobre o FC Porto (1-0), mas o Sporting saiu na frente, com uma vitória caseira por 2-1, selada por Fautino e Vadinho.
Na segunda mão, os ‘encarnados’ conseguiram, porém, dar a volta à eliminatória, ao triunfarem por 3-1, com golos de Mário João, Cavem e Santana, que já faturara em Alvalade.
O Sporting logrou, porém, repor a ‘ordem’ na época seguinte (1959/60), resolvendo, praticamente, o apuramento para a final na primeira mão, ao vencer em casa por 3-0, com golos de Hugo, Diego e Seminário.
Na segunda mão, na Luz, um empate a zero foi mais do que o suficiente para os ‘leões’, que, na final, perderiam por 2-1 face ao Belenenses, de Matateu.
Em 1962/63, o Benfica, que menos de um mês antes perdera a hipótese de se sagrar tricampeão europeu (1-2 com o AC Milan, em Wembley), começou melhor a meia-final, ao vencer por 1-0 em Alvalade, com um golo de José Águas.
Na segunda mão, os ‘leões’ conseguiram, porém, eliminar os já campeões nacionais, ao triunfarem na Luz por 2-0, graças a um ‘bis’ de Figueiredo.
Desta vez, os ‘leões’ triunfariam na final da Taça de Portugal, ao golearam o Vitória de Guimarães por 4-0, logrando o passaporte para a Taça das Taças de 1963/64, que também conquistariam, no que é ainda o seu único troféu europeu.
A eliminatória de 1962/63 representa também a última vez que os dois conjuntos se defrontaram em jogos consecutivos, algo que se vai repetir agora: depois do 4-2 do Benfica em Alvalade, para a I Liga, no domingo, segue-se a Taça de Portugal, quarta-feira, na Luz.