Abel Ferreira: «A passagem do nosso adversário à final foi meritória»

«Fomos uma equipa com caráter. Na primeira mão, o FC Porto foi claramente superior. Aqui, podíamos ter feito três golos, porque fizemos 14 remates e tivemos sete oportunidades de golo. Infelizmente, não fomos capazes de traduzir a nossa produção ofensiva em golos. A passagem do nosso adversário à final foi meritória, mas hoje o empate foi demasiado penalizador para as oportunidades que criámos.

Criámos oportunidades. Fizemos dois golos na primeira parte. Tivemos dinâmica, facilidade em tirar a bola das zonas de pressão do FC Porto. Fomos uma equipa muito dinâmica e audaz. Disse que íamos lutar por esta eliminatória até ao fim e, em condições normais, hoje deveríamos ter feito mais do que um golo.

O FC Porto tem valorizado muito o nosso futebol lá fora. Como treinador, posso tomar caminhos: ou agarrar-me às desculpas, por muitos erros que possa cometer ou muitas críticas que tenha recebido, ou tentar valorizar o futebol. Eu gosto do futebol jogado, mas gosto pouco de futebol falado. Eu não posso controlar isso.

É bom que as três equipas tenham qualidade. O que eu vou procurar, em qualquer clube, é valorizar o espetáculo. O futebol não tem cultura desportiva para ter um videoárbitro, apesar de ele ser útil como ferramenta. Temos bons árbitros, bons jogadores, bons treinadores.

O Dyego [Sousa] tem sido sujeito a uma carga de jogos imensa. Ele estava disponível, embora não para o jogo todo. O 1-1 deitou por terra todas as nossas aspirações. Se fizéssemos o segundo golo e não tivéssemos sofrido, o Dyego [Sousa] iria entrar para dar mais presença e acutilância no ataque. Tivemos muitas oportunidades. Ainda a acabar, uma bola do Palhinha é desviada e não dá golo. Ia, pelo menos, dar um triunfo que era merecido. Fomos altamente competentes, com muita qualidade».