Declarações de Pepa, treinador do Paços de Ferreira, após o jogo frente ao Desportivo das Aves, da sexta jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado hoje no Estádio Capital do Móvel, em Paços de Ferreira.
"Era um sofrimento muito grande que estava aqui escondido entre funcionários, jogadores, staff e adeptos. Depois de um ano de dinâmica de vitória, era preciso chegar rapidamente a um triunfo. Não a todo o custo, mas com cabeça, rigor, organização. Acima de tudo, é para eles este libertar de tensão e qualidade que o plantel tem.
Esta comunhão que houve durante todo o jogo foi bonita. Os jogadores puxaram pelos adeptos, os adeptos puxaram pela equipa. Quando assim é conseguimos fazer coisas bonitas, mesmo com uma situação adversa de entrar a perder. É preciso ter muita capacidade de entreajuda e alma.
Não estávamos a conseguir praticar o que delineamos para o jogo. Frente a um Aves muito baixo, estávamos a perder algumas bolas no corredor central e a deixá-los sair em transição. Pedi para termos mais largura no jogo e melhorámos muito na segunda parte. Mais do que a agressividade, que esteve sempre presente, é o posicionamento.
Começámos a ganhar muitas segundas bolas com o Luís Carlos e o [Mohamed] Diaby mais subidos, tivemos mais jogo exterior e mais cruzamentos. Lembro-me de várias situações dentro da área em que a bola atrapalhava um bocado e não conseguimos finalizar. Mas conseguimos fazer o empate e depois virar o resultado.
Para jogar à Paços não há sistema. Não interessa se temos um ou dois pontas de lança. Acima de tudo, interessam os princípios coletivos e esta solidariedade que tivemos na segunda parte. Mais do que o sistema, há que jogar com alma e querer. Tendo esta base, muitas vitórias irão surgir com naturalidade".