Declarações de Nuno Manta Santos, treinador do Desportivo das Aves, após o Moreirense-Desportivo das Aves (3-2), jogo da 12.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado no Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas, em Moreira de Cónegos:
"Não [era esta estreia que pretendia]. Mas há que realçar a estratégia do Aves para o jogo. O objetivo era deixar uma boa imagem perante os nossos adeptos. Saíram tristes, mas não chateados. Mostrámos muito querer. A jogar com 10, mantivemos o equilíbrio com as emoções bem assentes. O adversário fez o empate. Tivemos tudo para o 2-1 e para o 3-2, mas não conseguimos. Há coisas boas a tirar deste jogo. Temos de trabalhar mais para conquistar três pontos.
(Arbitragem) Não querendo falar muito sobre a arbitragem, o jogo é normalmente guarda-redes mais 10 contra 10 com guarda-redes. Quando, aos 13 minutos, uma equipa fica com 10, o jogo fica diferente. Quando uma equipa tem mais um elemento por 85 minutos, tem mais facilidade em atacar e dominar. O Falcão era [um jogador] importante, devido a questões de posicionamento, quer defensivo, quer ofensivo. Se ele é bem expulso, não sei. Mas se este lance é vermelho, outros lances no campeonato também têm de ser vermelho. Tem de haver o mesmo critério.
A expulsão obrigou a nossa equipa a correr mais, a defender, a sair em transições. Não há muito a apontar à produção da equipa, apesar de não termos conseguido pontos.
A parte emotiva conta muito para a questão física. Na segunda parte, não se notou muito que estávamos a jogar a menos. Isso teve a ver com a forma como pressionámos e nos posicionámos. Na parte final, encostámos o Moreirense lá atrás. Criámos situações com menos um. Se saíssemos daqui com um ponto, não era nada mau para o Moreirense.
(Sobre a simbiose com os adeptos no final) Vejo muitos jogos da nossa Liga e, se calhar, tirando os quatro clubes com mais adeptos, o Aves é o clube com a melhor claque a nível nacional, até pela relação entre o número de adeptos com a população [de Vila das Aves]."