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Macau tem capacidade de resistir a riscos e conta com apoio da China - Governo

Macau tem capacidade de resistir a riscos, como a pandemia da covid-19, e conta com o «forte apoio» da China, garantiu hoje o secretário para a Economia e Finanças.

Macau tem capacidade de resistir a riscos e conta com apoio da China - Governo

"A nossa base económica está firme e saudável e com robusta resiliência para resistir a eventuais riscos, reforçada com os fatores de maior importância que são o forte apoio proveniente da Mãe-Pátria e o apoio proporcionado por toda a população local solidária e unida", declarou Lei Wai Nong, na apresentação das Linhas de Ação Governativa (LAG) de 2020 na área da Economia e Finanças.

O secretário reconheceu que uma economia baseada nas exportações de serviços de turismo, como Macau, não pode "ficar imune" aos efeitos causados pela pandemia da covid-19, que afetou toda a economia mundial, mas para evitar "uma aterragem forçada da economia local" no período pós-epidémico, o Governo definiu a estabilização da confiança, a mitigação das dificuldades da população, o apoio à economia e a garantia do emprego como metas gerais das linhas governativas deste ano.

Além destes objetivos, a prevenção e controlo da epidemia na China dá "uma forte garantia para a plena recuperação da ordem socioeconómica do país" e as duas rondas de medidas do Governo de Macau para estabilizar a economia, garantir o emprego e atenuar as dificuldades vão permitir ao território ultrapassar a "tendência descendente da economia", indicou, na Assembleia Legislativa.

No combate à epidemia e na preparação da recuperação económica, Lei Wai Nong destacou a redução de impostos e taxas, a promoção do consumo, o alargamento de investimentos e o apoio às empresas.

As medidas de apoio económico da primeira ronda vão mobilizar 38,95 mil milhões de patacas (cerca de 4,5 mil milhões de euros) dos fundos da reserva extraordinária para incentivar consumo, reforçar investimentos e apoiar pequenas e médias empresas (PME).

Na segunda ronda, 13,6 mil milhões de patacas (cerca de 1,6 mil milhões) englobam seis planos específicos de apoio a trabalhadores, empresários comerciais, profissionais liberais e residentes.

Para os trabalhos da fase de revitalização económica, o Governo de Macau reservou já do Fundo Específico de Apoio ao Combate da Epidemia, no valor total de 10 mil milhões de patacas (cerca de 1,2 mil milhões de euros), 3,2 mil milhões de patacas (cerca de 370 milhões de euros).

Já na terceira fase, de revitalização da economia, o responsável destacou o alargamento dos mercados de visitantes e o incentivo para que estes pernoitem em Macau e aumentem o consumo no território.

"Iremos tirar melhor proveito das oportunidades decorridas da transferência da Direção dos Serviços de Turismo para a tutela da Economia e Finanças para proceder a uma integração dos recursos turísticos e de lazer", para o desenvolvimento de ações para atrair turistas. O responsável sublinhou ainda o reforço da indústria de convenções e exposições, que possui "um efeito impulsionador relevante" em diferentes atividades económicas locais.

Para promover a diversificação da economia, Lei Wai Nong destacou a necessidade de acelerar o desenvolvimento do setor financeiro, com foco na exploração do mercado de obrigações, na gestão de fortunas e na locação financeira, bem como um reforço da cooperação com as cidades da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, particularmente a parceria com Hengqin (ilha da Montanha).

O projeto da Grande Baía é também considerado a maior plataforma para explorar o mercado chinês e "criar novas oportunidades e maior espaço de desenvolvimento para as PME e os jovens de Macau", disse.

Ao considerar Hengqin, onde se encontra já a Universidade de Macau, "um local mais direto e eficaz para a entrada de Macau no mercado da Grande Baía", o Governo vai acelerar a construção da zona de consolidação da cooperação Guangdong-Macau em Henqin, "transformando, o mais possível, Hengqin em outra Macau" para ultrapassar a falta de espaço na região administrativa especial chinesa.

Para as PME, o secretário para a Economia e Finanças destacou a necessidade de elevar a capacidade e o valor acrescentado através da introdução de "lojas com características próprias" e uma série de "medidas respetivas", defendendo para aquelas empresas o desenvolvimento dos serviços de comércio eletrónico e pagamentos móveis, entre outros.

Esta tutela quer ainda encorajar os jovens de Macau a "proceder à inovação e criação de negócios", mas também promover conhecimentos sobre riscos do empreendedorismo, disse.

A Grande Baía forma uma região com cerca de 70 milhões de habitantes e um PIB que ronda os 1,3 biliões de dólares (1,2 biliões de euros).

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