loading

Antiga direção do Aves garante ter completado último mandato sem dívidas

Os antigos corpos sociais do Desportivo das Aves, que cessaram funções em 27 de junho, asseguraram hoje que terminaram o último mandato na liderança do clube despromovido à II Liga de futebol sem dívidas.

Antiga direção do Aves garante ter completado último mandato sem dívidas

“O CD Aves não apresentava qualquer passivo, exceto de fornecedores correntes, nada devendo à Autoridade Tributária, à Segurança Social, a entidades bancárias e a funcionários, atletas ou técnicos. Os três acordos de pagamento que vinham de anos anteriores foram pagos a tempo e horas”, lê-se em comunicado enviado à agência Lusa.

Em 23 de agosto, a atual direção presidida por António Freitas anunciou que iria solicitar uma auditoria às contas dos últimos mandatos, encabeçados por Armando Silva desde 2010/11, depois de ter encontrado o clube “numa situação extremamente frágil, incapaz de responder às despesas fixas” e com “avultadas dívidas a clubes e fornecedores”.

“Sempre estivemos e estamos disponíveis para prestar todos os esclarecimentos tidos por convenientes e colaborar no que for necessário, designadamente no âmbito de qualquer auditoria às contas do clube que venha a ser feita, permitindo-nos desde já sugerir que verse sobre os exercícios de 2007/08 até à presente data”, defende.

Os atuais corpos sociais acusaram a antiga direção de não ter exigido o pagamento de “centenas de milhares de euros” definidos no protocolo estabelecido com a SAD, tese contrariada com “várias diligências em mais de dois anos para cobrança dos valores” e “inúmeros contactos para obter uma alternativa de investimento credível e viável”.

“Algo que nunca pôde ser concretizado face ao elevado passivo acumulado que a SAD apresenta desde o início da sua atividade e que afugentou potenciais investidores. Toda a prova documental dessas diligências foi entregue à nova direção poucos dias após as eleições e faz-se sinceros votos para que tenha mais sorte nestes processos”, aponta.

Face à ambição de António Freitas em agendar uma assembleia-geral extraordinária, o elenco de Armando Silva frisa ter cumprido “de forma escrupulosa e irrepreensível todas as suas obrigações, passando a pasta de forma limpa, transparente e com saldo positivo em caixa”, até porque as contas “foram sempre aprovadas por maioria ou unanimidade”.

“É importante também relembrar que, durante os nossos mandatos, o património do clube foi consideravelmente aumentado com a compra de um terreno e a construção de um complexo desportivo, tendo este sido entregue à nova direção devidamente cuidado e conservado e sem recair sobre o mesmo qualquer ónus ou encargo”, acrescenta.

A SAD do Desportivo das Aves falhou a regularização de salários ao longo da última temporada e consumou a descida ao segundo escalão, tendo falhado os requisitos de licenciamento das provas profissionais de 2020/21 junto da Liga de clubes e dispensado o recurso para o Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

“Há duas questões que dizem respeito à Aves SAD e que infelizmente estão a repercutir-se negativamente na esfera jurídica do clube: a dívida à Segurança Social e a clubes estrangeiros por causa de direitos de formação de jogadores. Isto gerou processos judiciais na FIFA contra a SAD, os quais atingem por tabela o próprio clube”, lamentou.

Depois de ter assistido às rescisões unilaterais de 15 jogadores e das equipas técnicas dos plantéis principal e sub-23, a administração liderada pelo chinês Wei Zhao prepara uma equipa para disputar o Campeonato de Portugal, embora a direção do clube tenha saído de uma reunião com a FPF sem conhecer em que divisão competirá em 2020/21.

Siga-nos no Facebook, no Twitter, no Instagram e no Youtube.

Relacionadas

Para si

Na Primeira Página

Últimas Notícias

Notícias Mais vistas

Sondagem

Roger Schmidt tem condições para continuar no Benfica?