O Sporting de Braga chegou a ser das melhores equipas a praticar futebol esta época, mas quebrou no último terço e terminou a I Liga na quarta posição, classificação que mais vezes repetiu na sua história.
Depois de uma temporada anterior com cinco treinadores e, apesar disso, um raro terceiro lugar, sob o comando de Carlos Carvalhal os bracarenses não foram além da ‘habitual' posição atrás de Sporting, FC Porto e Benfica.
Esta é a 10.ª vez que o Sporting de Braga da ‘era’ António Salvador (desde 2003) fica em quarto lugar.
A equipa ‘mordeu os calcanhares' aos ‘três grandes' até ao último terço do campeonato, altura em que começou a perder fôlego: em 10 jornadas, da 23.ª à 32.ª, só venceu por duas vezes, empatou cinco e perdeu três, fazendo parecer, a dado momento, que a ‘cabeça' estava já na final da Taça de Portugal, diante do Benfica, no domingo.
O Sporting de Braga andou várias jornadas pelos lugares do pódio, de acesso à ‘Champions’, e a fase mais intensa da época - de meados de janeiro até inícios de março, com jogos em todas as competições - foi, apesar de tudo, a melhor da equipa, tendo mesmo chegado ao segundo lugar à passagem da 21.ª jornada.
Contudo, o empate em Famalicão (2-2), na 23.ª ronda, que valeu a perda do segundo lugar para o FC Porto, e, sobretudo, a derrota caseira com o Benfica (0-2), na ronda seguinte, marcou o início do fim de outras aspirações dos minhotos no campeonato.
Com o desaire com os ‘encarnados', o Sporting de Braga passou para a quarta posição, de onde nunca mais saiu.
A saída do ponta-de-lança Paulinho para o Sporting no final de janeiro, por 16 milhões de euros, poderá ter contribuído para a quebra, uma vez que o internacional português estava muito rotinado com a equipa e dava-lhe soluções que nem Sporar, que fez o caminho inverso de Alvalade, nem Abel Ruiz conseguiram dar.
Matheus, Al Musrati, Castro e Galeno foram dos melhores durante grande parte da época e Piazon, que chegou do Rio Ave a meio da época, deu um ‘ar da sua graça'.
Esgaio e Ricardo Horta não foram tão influentes como noutras épocas, mas a maior desilusão foi o internacional argentino Gaitán que, muito por questões físicas, não correspondeu às elevadas expectativas.
André Horta voltou a não conseguir impor-se na equipa, que sentiu muito as baixas por lesão grave dos ‘canhotos' Francisco Moura, Iuri Medeiros e David Carmo.