O Paços de Ferreira foi a equipa revelação em 2020/21, conquistando um europeu quinto lugar, garantido a duas rondas do fim, que foi o seu segundo melhor registo de sempre na I Liga de futebol.
A formação pacense garantiu, pela quarta vez na sua história, a participação nas competições europeias, um feito que o técnico Pepa disse ter começado a ganhar forma "em janeiro do ano passado", na época 2019/20, coincidindo, nomeadamente, com os ingressos de João Amaral, Stephen Eustáquio e Marcelo, que foram fundamentais na recuperação pontual que conduziu a equipa à permanência.
A preparação da época que agora terminou foi muito mais cuidada e os reforços, criteriosos, acrescentaram qualidade e opções para Pepa apurar um ‘onze' competitivo, que jogou e chegou a encantar em muitos momentos do campeonato, do qual fizeram quase sempre parte os reforços Jordi (guarda-redes), Fernando Fonseca (defesa direito), Bruno Costa (médio) e Luther Singh (extremo).
Entre os mais utilizados figuram ainda os centrais Marcelo, Maracás e Marco Baixinho, os médios Stephen Eustáquio e Luiz Carlos, o extremo Hélder Ferreira e o avançado Douglas Tanque, de novo o máximo marcador da equipa, com nove golos (11 na época).
O arranque foi tímido, com um ponto nos três primeiros jogos, mas o despertar para os bons resultados viria a seguir, com uma sequência de quatro vitórias, intercaladas por um empate, com especial destaque para o triunfo sobre o campeão FC Porto, na sexta jornada, por 3-2, após uma exibição a roçar a perfeição.
A intensidade de jogo potenciava a nota artística e nem as derrotas seguidas no início de dezembro de 2020 frente a Benfica, Sporting e FC Porto, para o campeonato e taças da Liga e de Portugal, respetivamente, afetou a equipa, que embalaria, depois, para a melhor série da temporada, com seis triunfos seguidos, numa sequência iniciada e concluída por empates.
O Paços, que já ‘saboreara' o quinto lugar na oitava jornada, tomaria posse dele, e em definitivo, à passagem da 13.ª, mas só disso teve certeza a duas jornadas do fim, já com a equipa em descompressão, após deslize caseiro do Vitória de Guimarães.
Sem nunca projetar objetivos além do jogo seguinte, Pepa conduziu o Paços à sua segunda melhor época de sempre na I Liga, chegando mesmo a ameaçar o recorde de pontos (53 contra 54) e superando o de vitórias (15 contra 14) – embora em mais quatro jornadas – da histórica época 2012/13, ano em que a equipa treinada por Paulo Fonseca acabou no terceiro lugar.