Fernando Santos: «Umas vezes as coisas saem bem, outras nem tanto»

“O golo está caro. Ficou a sensação de que poderíamos marcar sempre muito golos, mas no futebol de hoje, há dois ou três golos no limite. As equipas defendem bem, defendem melhor e têm maior organização.

Portugal fez um jogo muito bom. É uma vitória justa, com uma primeira parte muito bem conseguida, em posse e poderíamos ter aproveitado melhor a profundidade.

A Hungria acabou por defender nos últimos 30 metros. Portugal recuperou muitas vezes a bola e criou oportunidades de golo, que era fundamental. Era muito importante marcar e na primeira parte faltou isso, fazer o golo. Não conseguimos concretizar.

Disse ao intervalo que era importante ter o coração e a cabeça a funcionar, um ou outro ajustamento. Houve ali alguma ansiedade, o tempo estava a avançar, era a ambição dos jogadores vencer.

Mas a equipa serenou, pegou na bola outra vez, fizemos algumas alterações e mantivemos o ritmo vivo. Puxámos o Cristiano [Ronaldo] para a esquerda para libertar o Raphaël [Guerreiro}.

Umas vezes as coisas saem bem, outras nem tanto. Todos os jogadores que entraram, estiveram muito bem. São três pontos, não mais do que isso. Agora, vamos pensar no jogo com a Alemanha. Depois, como dizia o Scolari, é entrar no ‘mata-mata’.

Foi muito bom [ter adeptos]. Futebol sem espetadores nem sei a palavra certa para utilizar. Todos querem jogar com público e não podemos deixar de agradecer aos 4.000 adeptos que estiveram aqui a apoiar. Já em 2016, era assim. Eram menos, mas melhores”.