Declarações de Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, após a vitória frente ao Gil Vicente (2-1), em jogo da sétima jornada da I Liga, que se disputou hoje em Barcelos.
“Acreditar era o mínimo que podíamos fazer, houve esses dois momentos de inspiração dos jogadores, na semana passada foram outros, faz parte do que é a equipa. Houve outras situações para finalizar e marcar mais um ou outro golo, mas não fizemos uma boa primeira parte. Depois do nosso golo, tivemos uma dupla situação para fazer o 2-0, depois veio o penálti e o Gil Vicente merecia o empate nessa altura.
Na segunda parte, não houve história, tivemos a despesa do jogo para reagir a um resultado que não queríamos.
Não acho que devia ter feito essas alterações mais cedo [entrada de Sérgio Oliveira].
Há coisas que controlamos, a equipa que vai jogar, a forma como treinamos diariamente, a estratégia para o jogo. Não acredito que os jogadores pensassem no jogo que vamos ter na terça-feira [Liverpool, para a Liga dos Campeões]. Fui jogador e não entendo dessa forma. Houve algumas situações [que correram menos bem] na primeira parte, como por exemplo os centrais, e o Mbemba não pode jogar na terça-feira.
Houve um conjunto de situações que fizeram com que o jogo se tornasse difícil, nomeadamente a qualidade do Gil Vicente. Outro candidato ao título [Benfica] só marcou aqui nos últimos 10 minutos. As equipas técnicas estão muito bem apetrechadas, há bons jogadores do outro lado e os jogos não são nada fáceis. Houve mérito do Gil Vicente, que aproveitou alguma fragilidade nossa. A equipa não respeitou a sua essência, na primeira parte, com e sem bola, esteve algo anárquica em campo.
Não gosto de individualizar, o Sérgio tem tido um comportamento bom no seu trabalho diário, jogaram outros jogadores que deram uma boa resposta e é uma questão de competitividade dentro do plantel, quem eu achar que está melhor, joga.
[Titularidade de Corona] As opções que tomo são pensadas em função da estratégia para o jogo, do adversário e da nossa dinâmica. O Samuel Lino é mais um segundo avançado, é muito vertical, e achei que o Corona daria uma resposta mais adequada a esse ponto forte do Gil Vicente
[Mais pessoas nos estádios?] Mais importante que tudo é a saúde e a segurança das pessoas. Em alguns países, já foi aberto o acesso aos estádios a 100%, gosto de ver os estádios cheios, mas respeito a decisão da DGS”.