O futebolista argentino Lionel Messi vai reencontrar nos ‘oitavos’ da Liga dos Campeões uma das sua ‘presas’ favoritas, o seu ‘eterno rival’ Real Madrid, face ao qual marcou 26 golos com a camisola do FC Barcelona.
Nas 45 presenças no ‘El Clásico’, talvez o mais mítico de todos os confrontos do futebol mundial, o agora jogador do Paris Saint-Germain juntou ainda 13 assistências, sendo que soma mais vitórias (19) do que derrotas (15).
Mais ainda do que os impactantes números, que fazem dele o melhor marcador do confronto entre ‘culés’ e ‘merengues’, oito tentos ‘acima’ de Alfredo Di Stéfano e Cristiano Ronaldo -, ficaram, porém, as imagens, os inesquecíveis momentos.
O argentino disputou o seu primeiro ‘El Clásico’ em 2005/06, com apenas 18 anos, e fez uma assistência, para Eto´o inaugurar o marcador, numa clara vitória (3-0) do ‘Barça’ no Bernabéu, que aplaudiu de pé Ronaldinho Gauchó, após o ‘bis’ do brasileiro.
Na época seguinte, Messi perdeu em Madrid (0-2), mas, em Nou Camp, em 10 de março de 2007, começou a entrar para a ‘lenda’ do ‘El Clásico’ e do futebol, com um ‘hat-trick’ aos ‘merengues’, com apenas 19 anos, num embate a três golos.
Em encontro da ronda 26 de ‘La Liga’, o argentino, com o ‘19’ nas costas, não deixou os catalães caírem, resgatando por três vezes a igualdade, a última aos 87 minutos, quando os anfitriões jogavam há muito reduzidos a 10 unidades.
Ainda um miúdo, Messi tomou, assim, o gosto ao ‘jogo dos jogos’ em Espanha e, em 2008/09, voltou a ‘brilhar’ como grande intensidade, desta vez no Bernabéu, onde o ‘onze’ de Pep Guardiola se impôs por contundentes 6-2, em 02 de maio de 2009.
Já com o ‘10’ herdado de Ronaldinho, Messi, que havia fixando o 2-0 em Nou Camp, exibiu-se em Madrid com dois golos e uma assistência, num festival catalão que também teve um ‘bis’ de Thierry Henry e tentos do capitão Puyol e de Piqué.
Em 2009/10, voltou a marcar no Bernabéu para o campeonato (2-0), o que se começou, aliás, a tornar rotineiro, para, em 2010/11, brilhar, com duas assistências, na ‘manita’ a José Mourinho, Cristiano Ronaldo e companhia.
Em 29 de novembro de 2010, Messi, que até começou o jogo com um artístico remate ao poste direito da baliza de Casillas, ficou em branco, mas fez dois passes ‘mágicos’ para o ‘bis’ de David Villa, antes do 5-0 de Jeffrén e após os tentos de Xavi e Pedro.
O argentino não marcou neste jogo, mas, meses depois, escreveria nova página lendária na casa ‘blanca’, com um ‘bis’ muito especial, nas meias-finais da ‘Champions’.
Face ao ‘onze’ de Mourinho – então já com 10 face à expulsão de Pepe -, Messi inaugurou o marcador com um desvio, por entre as pernas de Casillas, após centro da direita de Afellay, aos 76 minutos, e fechou-o depois de driblar ‘meia’ equipa do Real Madrid, aos 86. O ‘Barça’ ficou com a final ‘escancarada’.
A abrir 2011/12, Messi voltou a ‘fazer das suas’, sendo decisivo na conquista da Supertaça: após um 2-2 em Madrid, marcou o 2-1 em Nou Camp, aos 44 minutos, e, depois de Benzema empatar, marcou o golo da vitória (3-2), aos 88, com um remate colocado de pé esquerdo, em resposta a centro de Adriano.
Na época seguinte, ficaram célebres os dois livres diretos marcados a Casillas, ainda que num 1-2 no Bernabéu, que custou a Supertaça, e num 2-2 caseiro, para o campeonato.
Sete anos após o ‘hat-trick’ no 3-3 caseiro, Messi marcou pela primeira e única vez três golos em Madrid, em 23 de março de 2014, sendo que os dois últimos, que passaram o resultado de 2-3 para 4-3, foram de penálti, aos 65 e 84 minutos.
Em 2014/15 e 2015/16, manteve-se ‘discreto’, para, em 2016/17, conseguir, em definitivo, a ‘imortalização’ no Santiago Bernabéu, com um verdadeiro ‘buzzer beater’, um golo na última jogada, no último segundo, para um triunfo por 3-2.
O encontro estava empatado a dois à entrada dos descontos, e o árbitro só concedeu dois minutos, mas, no último ‘suspiro’, Busquets lançou a corrida de Sergi Roberto, que tocou para André Gomes e este para a desmarcação de Jordi Alba, que centrou atrasado para o remate ‘letal’ de Messi.
Aos 90+2 minutos, de um jogo que o ‘Barça’ tinha de ganhar para continuar na corrida ao título, o argentino voltou a fazer ‘magia’, que desta vez ‘eternizou’ ao tirar a camisola e mostrá-la, orgulhoso, o Bernabéu... para desespero de Ronaldo.
Depois de um momento daqueles, no que foi o seu golo 500 na equipa principal do FC Barcelona, era impossível fazer melhor, mas, na época 2017/18, e ‘como quem não quer a coisa’, ainda adicionou mais três tentos e uma assistência.
Nas últimas três temporadas na Catalunha, Messi não conseguiu golos ou assistências, em sete jogos, saldados com dois triunfos, dois empates e três derrotas, números que o PSG espera que o argentino inverta agora, nos oitavos da 'Champions'.
O Paris Saint-Germain recebe na terça-feira o Real Madrid, pelas 21:00 locais (20:00 em Lisboa), na primeira mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões, sendo que o jogo decisivo, no Bernabéu está marcado para 09 de março.
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