O treinador do FC Porto, Sérgio Conceição, partilhou, hoje, «tristeza profunda» com a situação de guerra que se vive da Ucrânia, considerando que o conflito «podia não ter acontecido».
O técnico dos ‘dragões’ partilhou a sua opinião sobre o tema à margem da antevisão do jogo frente ao Gil Vicente, da 24.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, numa altura em que abordava o estado emocional da sua equipa, na sequência de uma época desgastante.
“Se olharmos para o panorama mundial, aí vemos pessoas emocionalmente devastadas. Nós, só temos de estar bem, porque fazemos o que gostamos e estamos aqui num cantinho, por enquanto em paz. Basta ligarmos a televisão para percebermos que temos de estar tristes pela situação, mas muito felizes por aquilo que fazemos”, partilhou o treinador.
Sério Conceição falou em “tristeza profunda” pela situação na Ucrânia, confessando que “um jogo de futebol fica reduzido a muito pouco” em comparação com o que se vive naquele país do leste europeu.
“O futebol permite-nos alertar sobre situações que achamos que estão erradas. São conversas políticas sobre as quais não me queria alongar muito, mas acho que as coisas [conflitos] podiam não ter acontecido. É a minha opinião muito pessoal”, partilhou o treinador do FC Porto.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos 198 mortos, incluindo civis, e mais de 1.100 feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 150.000 deslocados para a Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.