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Crónica: Foi preciso Rúben Amorim 'emendar a mão' e Slimani desbloquear o jogo

O Sporting venceu hoje na receção ao Arouca, por 2-0, na 25ª jornada da I Liga, mas foi preciso Rúben Amorim mexer na equipa para Islam Slimani desbloquear o resultado no início da segunda parte.

Crónica: Foi preciso Rúben Amorim 'emendar a mão' e Slimani desbloquear o jogo

Perante a pressão do Benfica, que momentos antes tinha vencido por 2-1 em Portimão e ficado a um ponto do campeão nacional, foi o ‘bis’ de Slimani, frente ao 15.º classificado do campeonato, a devolver a diferença de quatro pontos para o terceiro classificado e a deixar os ‘leões’, provisoriamente, a três do líder FC Porto, que no domingo visita o Paços de Ferreira.

Depois de uma primeira parte ‘amarrada’, praticamente sem remates à baliza e sem oportunidades de golo, o técnico dos ‘leões’ assumiu que as suas escolhas para o ‘onze’ não resultaram e 'emendou a mão' ao intervalo, com as entradas de Porro, Ugarte e Paulinho para as saídas de Esgaio, Rúben Vinagre e o ‘miúdo’ Essugo.

Se é um facto que este trio deu outra dinâmica, intensidade e objetividade ao jogo do Sporting, a verdade é que quem desbloqueou o resultado foi Islam Slimani, aos 46 minutos, a ganhar um lance de cabeça à defesa do Arouca para abrir o marcador, na sequência de um pontapé de canto executado por Porro.

A diferença começou logo aí, em Porro, que hoje provavelmente ficou no banco de ‘castigo’ por causa do penálti ‘infantil’ que cometeu frente ao FC Porto, e que dá uma profundidade ofensiva ao flanco direito do Sporting que Esgaio não consegue dar, além de cruzar e rematar melhor do que o concorrente ao lugar.

As entradas de Ugarte e de Paulinho também acrescentaram intensidade e ligação ao jogo do Sporting, que na primeira parte não foi capaz de criar desequilíbrios no último terço do campo, perante um Arouca que fez o que fazem agora todas as equipas mais ‘pequenas’ que defrontam os ‘leões’.

Organizam-se em ‘5-4-1’, como fez o Arouca, um bloco baixo, para retirar profundidade ao jogo dos ‘leões’, que é um dos seus pontos fortes, e ocupar os espaços na largura, criando assim grandes dificuldades à equipa de Rúben Amorim.

O Sporting fez um remate enquadrado à baliza do Arouca em toda a primeira parte e criou apenas um lance passível de golo, aos 36 minutos, quando um defesa da equipa visitante evitou em cima do risco de golo que um ‘chapéu’ de Nuno Santos abrisse o marcador.

De resto, a oportunidade mais flagrante pertenceu ao Arouca, aos 37 minutos, na sequência de um livre, com Adán a fazer uma grande defesa, após desvio de cabeça de David Simão.

O Sporting não foi capaz até ao intervalo de desequilibrar a defesa do Arouca, que se sentiu sempre confortável no seu ‘5-4-1’, com jogadas de envolvimento, movimentos de rutura ou mesmo ações individuais suscetíveis de criar desequilíbrios.

Não faz sentido apostar em Slimani no ‘onze’ e depois não flanquear o jogo para o argelino receber a bola de frente para a baliza e poder finalizar de cabeça ou dar o último toque, a encostar para o fundo das redes, coisa que, é sabido, faz bem.

Também não se pode apostar em Slimani e pô-lo a baixar, para receber a bola de costas e ligar o jogo, face às suas limitações técnicas, como se fosse Paulinho, o que aconteceu muitas vezes durante a primeira parte, forçando o argelino a vir à procura da bola porque esta não lhe chegava pelas alas.

Esgaio ainda conseguiu ‘calibrar’ um ou outro cruzamento, Vinagre nem isso, e depois Nuno Santos caía sistematicamente para o corredor central, quando é o melhor jogador do plantel do Sporting a cruzar para a área, enquanto no ‘miolo’ Essugo e Mahteus Nunes, sobretudo este porque tem essas características, não estavam a conseguir jogadas de penetração que pudessem fazer oscilar a organização defensiva do Arouca.

O jogo na segunda parte foi completamente distinto, porque Rúben Amorim mexeu muito e bem na equipa, mas para essa metamorfose foi importante o golo de Slimani, que desbloqueou a partida logo no início da segunda parte, e ‘matou-a’ seis minutos depois, aos 52, numa excelente jogada coletiva culminada com um cruzamento de Nuno Santos para a entrada da área, onde o argelino surgiu a encostar para o fundo das redes, justamente como ele gosta.

A partir daí o resultado só não se avolumou até à goleada porque o Sporting, segundo no campeonato com menos três pontos do que o líder FC Porto, que soma 64, desperdiçou algumas oportunidades flagrantes, uma vez que passou a dispor de espaços, face à subida da equipa do Arouca na tentativa de chegar ao golo, os quais soube aproveitar para fazer fluir o seu jogo, sem, no entanto, se mostrar eficaz na finalização.

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