Armando Evangelista: «O que fizemos aqui é um bom tónico para o que nos falta jogar»

“É óbvio que antes do jogo não podemos ter sentimento de derrota, se digo que venho para a Alvalade perder, mais vale ficar em Arouca.

Nos primeiros 45 minutos, mostrámos ao que vínhamos. O pouco que permitimos foram lances que oferecemos, saídas de bola em que não tivemos a calma suficiente para sairmos apoiados. Acabámos por ir importunando o último reduto do Sporting e sabíamos o que tínhamos pela frente, um Sporting que por ter tido dois resultados menos positivos ia carregar.

Acabámos por sofrer o primeiro golo, quisemos subir linhas e chegar mais próximo da linha defensiva adversária. Sofremos um golo de bola parada e sofremos uma transição que dá o segundo golo. Os meus jogadores não tiveram medo de perder e procuraram dividir o jogo, salvaguardando as diferenças entre as duas equipas.

É óbvio que a nossa preocupação é um estado de alerta, sabemos o que temos pela frente e que este campeonato ia ser isto mesmo, um campeonato sofrido, em que provavelmente não iríamos ser campeões, mas o que temos feito tem-nos deixado orgulhosos. Preocupados sim, mas otimistas.

Quando defrontamos uma equipa com o valor do Sporting, procuramos pressionar alto e não deixar construir a partir de trás, mas face à sua qualidade íamos ter de defender em bloco baixo. Noutras alturas, tivemos de saber sofrer e não permitir espaço ao Sporting para atacar a nossa baliza.

Gostava de poder pressionar o Sporting durante 90 minutos no seu meio-campo, mas sabemos que isso não é possível. É futebol, é crescimento e há que acreditar que o que fizemos aqui é um bom tónico para o que nos falta jogar.

O Alan Ruiz tem trabalhado muito para poder ajudar o Arouca, se o tivéssemos podido contratar em junho teríamos outro Alan. O último jogo que tem é em novembro, vem de um período de férias muito largo e não é fácil chegar, apanhar um campeonato em andamento e com rotinas, não é fácil acompanhar. Tem trabalhado para se aproximar do que é exigido”.