Declarações de Ricardo Soares, treinador do Gil Vicente, após o empate frente ao Paços de Ferreira (1-1), em partida da 31.ª jornada da I Liga, disputado hoje em Barcelos.
“Foi o jogo que perspetivávamos, bem jogado, competitivo, entre duas equipas que privilegiam o futebol de qualidade e de posse. Na primeira parte, tivemos algumas dificuldades em pressionar a primeira fase de construção do Paços de Ferreira, mérito deles, mas não nos criaram assim tantos problemas.
Depois, criámos imensas situações de golo, uma bola na barra e outras em que podíamos e devíamos ter feito melhor.
Na segunda parte, sofremos um golo, reagimos bem, lutámos imenso e a equipa teve uma postura fantástica. É um orgulho treinar estes jogadores, que conseguiram resgatar um ponto. O Gil Vicente foi melhor, mas não foi premiado com os três pontos.
O Samuel Lino fez um trabalho soberbo, um jogo brutal, desequilibrou muito. O Paços de Ferreira equilibrou na posse de bola, mas nós fomos muito mais agressivos.
[Quinto lugar ‘ameaçado’] Vamos continuar a jogar o futebol que o país tem visto, temos esse ADN. Vão ter que contar connosco, nós queremos o quinto lugar, não era um objetivo, mas passou a ser. A única coisa que me deixa triste é ver os jogadores tristes no balneário, sinal de que o resultado não é justo.
[Sobre o penálti] Não vou comentar, é um lance que toda a gente vai ver. Lamento a minha expulsão, não devia ter acontecido, mas aconteceu. Temos que seguir em frente a tentar fazer bem ao futebol, com um ADN muito próprio, sempre virado para o ataque.
Em relação ao tempo de jogo, é uma preocupação que eu tenho e a Liga também, mas vejo pouca gente a querer melhorar. Não querendo direcionar críticas a nenhum clube, estou num clube que é um exemplo, quero beber da sua forma de estar, apesar de por vezes me apetecer dizer outras coisas.
Por vezes, queremos pôr intensidade no jogo e sentimos dificuldades por sistemáticas perdas de tempo, já tivemos reunião de treinadores, expliquei lá o meu ponto de vista e acho que devemos mudar isso para o bem do futebol.”