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FC Porto-Benfica: Artur prevê equilíbrio entre rivais de «nível alto»

O primeiro clássico da época entre FC Porto e Benfica, que se realiza na sexta-feira, para a 10.ª jornada da I Liga, será pautado pelo equilíbrio, contrariando a tendência recente de embates entre ambos, projeta o ex-futebolista Artur.

FC Porto-Benfica: Artur prevê equilíbrio entre rivais de «nível alto»

“Por si só, este jogo mexe com o país todo. Vejo as duas equipas a chegarem em ótimos momentos, pelo que tem tudo para ser um grande jogo. Acho que há muito tempo que já não víamos um clássico com os dois rivais num nível muito alto”, enquadrou à agência Lusa o ex-avançado brasileiro, de 52 anos, que jogou nos ‘dragões’, entre 1996 e 1999.

O FC Porto, segundo colocado, com 22 pontos, recebe o líder Benfica, com 25, na sexta-feira, às 20:15, no Estádio do Dragão, no Porto, com os campeões nacionais a testarem uma série invicta de 18 jogos nas diferentes competições em 2022/23 dos ‘encarnados’, contra os quais já não perdem há nove partidas, dispersas por mais de três anos e meio.

“Como adepto do FC Porto, espero que possamos vencer, mas com certeza teremos um jogo muito equilibrado. Vamos ver um Benfica muito diferente da temporada passada. Os seus resultados já mostram isso. É uma rivalidade muito grande e o FC Porto corre até mais do que deve nesses jogos, porque é um campeonato à parte entre ambos”, vincou.

Se as ‘águias’ levam 14 vitórias e quatro empates sob alçada do treinador alemão Roger Schmidt, o conjunto de Sérgio Conceição chega ao clássico no melhor ciclo da época, com cinco triunfos seguidos, precedidos de mais seis êxitos, um empate e três derrotas.

“Acredito num jogo muito disputado, até porque o Benfica vem de grandes resultados e não perdeu. Muita gente achava que ia perder os dois jogos com o Paris Saint-Germain [duplo empate 1-1 para a Liga dos Campeões], mas jogou de igual para igual. Há uma mentalidade diferente das épocas anteriores e o treinador tem feito um grande trabalho. Vamos ter um grande duelo, não só dentro de campo, como também fora”, previu Artur.

Vencedor de três campeonatos, uma Taça de Portugal e duas Supertaças pelo FC Porto, o antigo dianteiro, que partilhou balneário com Sérgio Conceição em 1996/97 e 1997/98, lembra que o técnico ‘azul e branco’ precisou de tempo para “meter o comboio no trilho”.

“O FC Porto perdeu alguns atletas importantes, mas também está a encontrar uma nova equipa. Vai levar algumas pancadas e sentir dificuldades em certos jogos, mas tem de acreditar naquilo que se está a trabalhar. O Sérgio Conceição sempre foi assim. O mais importante é que a direção, em nome do presidente Jorge Nuno Pinto da Costa, nunca duvidou da capacidade do treinador e do plantel e as coisas estão acontecendo”, notou.

Artur frisa a “grande identificação” de Sérgio Conceição com o clube, que “sentiu muito” a saída de Vitinha e a lesão de Otávio, mas recebeu uma injeção “muito grande de moral e força mental” face ao duplo triunfo sobre o Bayer Leverkusen (2-0 e 3-0) na ‘Champions’.

“Acredito que Pepê e Evanilson estejam agora mais adaptados à maneira de jogar do FC Porto. Geralmente, quando alguém sai do Brasil para a Europa, a diferença é grande. No Brasil, a maioria dos atacantes estão habituados a jogar mais com bola. Na Europa, têm também de saber jogar sem bola. Essa adaptação foi sucedendo e o clube fortaleceu-se. O próprio Galeno tem feito grandes exibições. Aos poucos, o treinador encontra soluções e vai deixando o FC Porto de novo como forte candidato à conquista do título”, afiançou.

Os ‘dragões’ não sofrem golos há quatro jogos, sendo que o guarda-redes Diogo Costa “demonstra qualidade e tem um grande futuro pela frente”, enquanto os defesas centrais Fábio Cardoso e David Carmo devem colmatar a ausência do capitão Pepe, por lesão.

“O Pepe é líder, tem uma história muito bonita e entrega tudo. Nunca é bom sofrer uma lesão, ainda por cima perto do Mundial2022, no qual terá uma importância muito grande para a seleção portuguesa, mas creio que o FC Porto está muito bem servido. Daqui a pouco, o Pepe deve terminar a sua carreira e é importante que o clube possa ter atletas que o substituam à altura. Com certeza, tem trabalhado nisso há algum tempo”, referiu.

Artur elogia ainda Mehdi Taremi, unidade mais influente do FC Porto, com nove golos e sete assistências em 13 jogos, numa época em que tem sido criticado por alegadas simulações, tendo estado também solidário com os protestos pelos direitos das mulheres no Irão.

“Quando um jogador é agredido de forma verbal a partir de fora, o FC Porto tem uma habilidade muito grande de não deixar que isso o afete, o que dá confiança imensa. Digo isso por experiência própria, porque já passei épocas espetaculares nesse clube, quando havia uma guerra enorme fora de campo, mas que não entrava no balneário. Tínhamos uma blindagem muito grande por parte do nosso presidente. É por isso que o FC Porto é um clube diferente de todos. Acredito que isso foi fundamental para o Taremi, tal como a tranquilidade e confiança dos seus colegas, equipa técnica, direção e adeptos”, concluiu.

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