loading

Crónica: Arouca cirúrgico quebra melhoria do Sporting para desafiar história

O Arouca alcançou hoje uma inédita vitória ao 13.º embate da história com o Sporting, superiorizando-se por 1-0, num duelo da 11.ª jornada da I Liga em que ripostou a supremacia ‘leonina’ com uma exibição cirúrgica.

Crónica: Arouca cirúrgico quebra melhoria do Sporting para desafiar história

No Estádio Municipal de Arouca, um cabeceamento eficaz do brasileiro João Basso, aos 47 minutos, bastou para o clube da Serra da Freira prolongar o seu melhor arranque na elite e agravar uma época oscilante dos lisboetas, contra os quais tinha perdido sempre.

A três dias de decidir o apuramento para os ‘oitavos’ da Liga dos Campeões na receção ao Eintracht Frankfurt, a equipa de Rúben Amorim acautelou a condição física de alguns titulares, mas, tal como em outras ocasiões de 2022/23, sucumbiu através da ineficácia ofensiva, quebrando um ciclo de três triunfos consecutivos no campeonato com a quarta derrota.

O Arouca, que já não perde há cinco jornadas seguidas, subiu provisoriamente ao oitavo lugar, com 16 pontos, três abaixo do Sporting, que continua em quarto, com 19, a 12 do líder Benfica, quatro do FC Porto e três do Sporting de Braga, que tem menos um jogo.

Entre as últimas duas rondas do Grupo D da ‘Champions’, Rúben Amorim modificou seis titulares em relação ao empate com o Tottenham (1-1), deixando no banco de suplentes unidades influentes como Pedro Porro, Nuno Santos, Manuel Ugarte e Marcus Edwards.

Dário Essugo estreou-se pela equipa principal esta temporada, ao acompanhar no meio-campo o regressado Pedro Gonçalves, que atirou ao lado num livre, ao quarto minuto, e foi desarmado por Jerome Opoku quando já ensaiava o disparo em zona frontal, aos 14.

O Sporting também testou o ‘guardião’ Ignacio de Arruabarrena aos nove minutos, num ‘tiro’ cruzado de Francisco Trincão, com Arthur Gomes incapaz de fazer a recarga, e aos 23, numa transição de Rochinha, vendo ainda Gonçalo Inácio cabecear ao lado, aos 17.

Com Oday Dabbagh a substituir Rafa Mújica face à igualdade ante o Marítimo (1-1), na jornada anterior, o Arouca foi resistindo na expectativa ao caudal ofensivo dos lisboetas, mas cresceu em serenidade depois da meia hora, ameaçando em contra-ataque aos 39 minutos, quando Bukia se isolou a passe de Antony para atirar à figura de António Adán.

Os ‘leões’ ainda recuperaram ímpeto a três minutos do intervalo, com De Arruabarrena a afastar um ‘tiro’ de primeira de Ricardo Esgaio, que regressou à competição quatro jogos depois, arrastando o ‘nulo’ para a etapa complementar, que arrancou sem substituições.

Contrariando a lógica, a equipa de Armando Evangelista precisou de dois minutos depois do regresso dos balneários para abrir o marcador, com João Basso a impor-se na área contrária para corresponder ao canto na direita de David Simão e bater Adán de cabeça.

Tiago Esgaio, servido por Dabbagh, quase capitalizou o desnorte alheio aos 51 minutos, forçando nova intervenção do guarda-redes dos vice-campeões nacionais, logo antes de Rúben Amorim ter extraído do banco Pedro Porro, Jeremiah St. Juste e Manuel Ugarte.

O Sporting esgotou mesmo as substituições antes da hora de jogo, com Nuno Santos e Marcus Edwards, e acentuou o domínio da bola no meio-campo do Arouca, embora sem discernimento e pontaria capazes de condicionar a coesão do clube da Serra da Freita.

Um par de lances de Porro, aos 66 e 81 minutos, com o primeiro a passar a centímetros do alvo e o segundo a ser negado por Ignacio de Arruabarrena, serviu para espevitar os ‘verde e brancos’ na fase decisiva, cuja emotividade aumentou com o avanço do relógio.

Aos 87 minutos, Nuno Santos atirou em jeito para as mãos do ‘guardião’ anfitrião, que se ‘agigantou’ em tempo de compensação perante um cabeceamento de Sebastián Coates, derradeira estratégia de Rúben Amorim para ampliar as soluções atacantes do Sporting.

Uma iniciativa desenquadrada de Pedro Gonçalves instantes depois culminou uma noite desastrada dos ‘leões’, que já superaram o número de desaires na edição 2021/22 da I Liga, culpa do 10.º golo sofrido em 2022/23 em lances de bola parada, num total de 22.

Confira aqui tudo sobre a competição.

Siga-nos no Facebook, no Twitter, no Instagram e no Youtube.

Relacionadas

Para si

Na Primeira Página

Últimas Notícias

Notícias Mais vistas

Sondagem

Roger Schmidt tem condições para continuar no Benfica?