Crónica: Bale salva País de Gales e 'arranca' empate tardio frente aos Estados Unidos

Os norte-americanos corporizaram o domínio no primeiro tempo, com um golo Timothy Weah, filho da ex-vedeta do futebol da Libéria George Weah, aos 36 minutos, mas o conjunto europeu reagiu após o descanso e, aos 82, de grande penalidade, resgatou a igualdade pela estrela da equipa, Gareth Bale.

Com este resultado, naquele que foi o primeiro empate da competição, País de Gales e Estados Unidos ficam com o mesmo ponto, no segundo lugar do grupo, liderado pela Inglaterra, que também hoje goleou (6-2) o Irão, de Carlos Queiroz.

Neste desafio, o destaque inicial até foi para os norte-americanos, que começaram cedo a desafiar as probabilidades, entrando com uma postura bem mais pressionante, assumindo a iniciativa e deixando, desde logo, as primeiras ameaças.

Ainda antes dos 10 minutos, o galês Rondon desviou para a própria baliza um cruzamento de Tim Weah, jogador dos franceses do Lille, valendo a atenção do guarda-redes Hennessey, que, com uma defesa por instinto, afastou a bola. Na sequência da jogada, os Estados Unidos voltaram a carregar e Sargent cabeceou ao poste da baliza galesa.

O conjunto europeu sentia dificuldades em libertar-se da pressão contrária e, com um meio campo muito ‘macio’, não conseguia armar contra-ataques que ferissem o adversário, tentando a sorte com um remate de longe de Ampadu, mas com fraca pontaria.

Já os Estados Unidos mostravam-se mais pacientes e astutos a bloquear os caminhos da bola para Gareth Bale, fazendo com que a estrela galesa, que curiosamente alinha no futebol norte-americano, ao serviço do Los Angeles FC, passasse ao lado desta primeira metade do encontro.

Perante o maior volume, e melhor qualidade de jogo, dos norte-americanos acabou por não surpreender que fosse equipa orientada pelo ex-jogador Gregg Berhalter a inaugurar o marcador, já aos 36 minutos.

Numa jogada de envolvimento, desequilibrada com uma arrancada de Pulisic, o jogador do Chelsea percebeu a desmarcação de Tim Weah, com o jovem avançado a mostrar frieza no frente a frente com o guarda-redes adversário, e a atirar para o 1-0.

O tempo de descanso fez bem ao conjunto do Reino Unido, que regressou ao jogo bem mais desinibido e, sobretudo, mais ambicioso, conseguindo criar as suas melhores oportunidades até então, através de bola parada.

No mesmo minuto 65, Ben Davies, na sequência de um livre, cabeceou para uma das defesas da noite do guardião Turner e, do canto que resultou da jogada, foi Moore, aposta para o segundo tempo, a desviar de cabeça e a falhar o alvo por pouco.

A persistência do País de Gales deu ‘frutos’ já na reta final, através da experiência de Gareth Bale, que, depois de conquistar uma grande penalidade, após ser derrubado por Zimmerman, apontou, sem mácula, o castigo e resgatou a igualdade, aos 82 minutos.

Esse tento da igualdade ainda incentivou os europeus a buscar algo mais, mas, além de um par de desequilíbrios, já não houve fôlego, de parte a parte, para desfazer o 1-1 final.