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Mundial-2022: Beto fala em troca «perfeitamente natural» na baliza lusa

A mudança de Rui Patrício por Diogo Costa na baliza da seleção portuguesa na reta final da qualificação para o Mundial do Qatar foi «uma situação perfeitamente normal e natural no futebol».

Mundial-2022: Beto fala em troca «perfeitamente natural» na baliza lusa

“O Diogo Costa deixou há algum tempo de ser uma promessa e já é uma certeza no FC Porto, na seleção portuguesa e até na Europa. Não sei se se trata de uma passagem de testemunho. O Rui Patrício teve uma presença muito assídua e de bastante qualidade, marcando uma época bonita na seleção. Só que parece que estamos a falar do Rui do passado, quando ele ainda está lá”, ressalvou à agência Lusa o ‘guardião’, de 40 anos.

Rui Patrício, de 34 anos, foi titular da baliza portuguesa em dois Mundiais (2014 e 2018) e três Europeus (2012, 2016 e 2020), mas foi suplantado em março por Diogo Costa, que se tinha estreado cerca de cinco meses antes num jogo particular com o Qatar (3-0), no Algarve.

O jovem guarda-redes do FC Porto, de 23 anos, disputou os primeiros jogos oficiais pela seleção nos êxitos ante Turquia (3-1) e Macedónia do Norte (2-0), no Estádio do Dragão, do ‘play-off’ europeu de acesso ao Mundial2022, que decorre desde domingo, no Qatar.

“O Diogo Costa está na berra, toda a gente fala dele e acho muito bem, pois é português. Eu gosto de jogadores nacionais e quantos mais portugueses melhor. Tanto ele, como o Rui Patrício e o José Sá, têm todas as condições de defender a baliza no Qatar”, notou.

Campeão europeu de seleções de sub-17 (2016) e sub-19 (2018) e ‘vice’ no escalão de sub-21 (2021), Diogo Costa conquistou uma inédita UEFA Youth League pelo FC Porto (2018/19), tornando-se indiscutível na ‘dobradinha’ lograda pelos ‘dragões’ em 2021/22.

“O Anthony Lopes e o Rui Silva também podiam lá estar. Há que dar valor ao que temos, sendo que aqueles que estão no Qatar são de grande qualidade e podem dar garantias mais do que suficientes ao ‘mister’ Fernando Santos e a todos nós, que estamos a torcer por eles, sobretudo eu, que conheço perfeitamente aquela zona do campo”, referiu Beto.

Diogo Costa jogou ainda quatro das seis rondas do Grupo A2 da edição 2022/23 da Liga das Nações, enquanto Rui Patrício, campeão europeu em 2016 e vencedor da primeira edição da mais jovem prova de seleções da UEFA em 2019, participou nos outros jogos, numa campanha em que Portugal ficou atrás da Espanha e falhou o acesso à ‘final four’.

“Partindo do princípio de que os três eleitos são opção, o treinador opta por um guarda-redes para iniciar o Mundial. Depois, pode haver imponderáveis, quebras de rendimento, castigos e lesões. É por isso que vão três. Obviamente, toda a gente que vai para uma competição destas quer jogar e ser utilizado, mas sabemos que existe uma escolha. Vão 11 atletas lá para dentro, sendo que, neste caso, só pode jogar um entre três”, partilhou.

Suplente não utilizado em 2010 e 2018, mas com 179 minutos repartidos por dois duelos no Mundial2014, Beto integrou também as convocatórias para o Euro2012 e a Taça das Confederações de 2017, confidenciando que “começava por aceitar a decisão” de Carlos Queiroz, Paulo Bento ou Fernando Santos, logo antes “suportar quem estaria na baliza”.

“Seriam seis mãos, seis braços, seis pernas e três cabeças. Acho que é assim que deve ser. Pelo menos, foi sempre a minha visão em cada chamada à seleção. Podia ficar mais feliz por jogar ou menos feliz por não jogar, mas era um orgulho estar na seleção e havia que apoiar aquele que jogava. Eu dependo dele, ele depende de mim e o selecionador depende de todos. Se for comungado por todos, dificilmente não há sucesso”, reforçou.

No extremo oposto do relvado aparece o capitão Cristiano Ronaldo, de 37 anos, que vai disputar o quinto Mundial em plena rota de colisão com o Manchester United, após ter ‘arrasado’ o clube inglês e o treinador neerlandês Erik ten Hag numa entrevista revelada na semana passada, com os ‘red devils’ a reagirem com “medidas apropriadas” ao caso.

“Independentemente de um arranque de época atípico, acredito no seu instinto de animal competitivo e que continua forte, focado e imbuído desse espírito de ajudar a seleção em mais uma oportunidade num Mundial. Acho que tudo aquilo que possa ter acontecido em Manchester ficou às portas da Cidade do Futebol”, afiançou o antigo guarda-redes de FC Porto, Sporting e Sporting de Braga, que deixou em julho os finlandeses do Helsingfors.

O vencedor de cinco Bolas de Ouro (2008, 2013, 2014, 2016 e 2017) enfrentou um início de época atribulado, com três golos em 16 duelos pelo Manchester United, 10 dos quais como titular, almejando agora um inédito título mundial.

“O foco é Portugal, os colegas de equipa e a equipa técnica. Todos vamos estar a torcer por eles. A seleção não é só o Cristiano Ronaldo, mas, sendo o capitão, obviamente tem todos os focos em si. Importa é que a equipa ajude cada jogador e vice-versa”, pediu o vencedor de quatro Ligas Europa, três pelos espanhóis do Sevilha e uma pelo FC Porto.

Portugal e Gana começam a disputar a 22.ª edição do Mundial na quinta-feira, às 19:00 locais (16:00 em Lisboa), no Estádio 974, em Doha, em jogo da primeira ronda do Grupo H, três horas após o embate entre Uruguai e Coreia do Sul, também na capital do Qatar.

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