Crónica: Espanha e Alemanha partiram de polos opostos e convergiram no empate

Depois do 7-0 à Costa Rica, a ‘roja’ adiantou-se por Álvaro Morata, aos 62 minutos, mas a ‘Mannschaft’, surpreendentemente derrotada pelo Japão a abrir (1-2), logrou responder, aos 83, por Niclas Füllkrug.

Os espanhóis podem lamentar, depois, a perdida de Asensio, que não teve arte para finalizar a melhor jogada do encontro, aos 65 minutos, enquanto os germânicos estarão certamente satisfeitos pela reação final, em que roçaram a reviravolta.

Com este resultado, mais um ‘materializado’ por suplentes, a Espanha continua em primeiro e a Alemanha em último, mas não será uma surpresa se, no final das contas, seguirem as duas para os ‘oitavos’, que os espanhóis até podem 'selar' perdendo.

Em relação à ronda inaugural, Luis Enrique apenas trocou de lateral-direito, colocando Carvajal em vez de Azpilicueta, enquanto Hans-Dieter Flick fez entrar Kehrer e Goretzka para os lugares de Schlotterbeck e Havertz.

A Espanha entrou a dominar, com mais bola, como sempre, e só demorou sete minutos a ter uma grande oportunidade: Dani Olmo recebeu a bola à entrada da área e atirou fortíssimo, com Neuer a desviar a bola para a barra, numa defesa ‘enorme’.

Na resposta, aos 10 minutos, em contra-ataque, a Alemanha, que por vezes sentiu dificuldades em sair desde trás, face à pressão intensa e muito alta dos espanhóis, assustou, mas Goretzka passou a bola tarde e já apanhou Gnabry em fora de jogo.

Sempre mais ameaçadores, os espanhóis criaram perigo em remates de Alba (22) e Ferran Torres, que perdeu muito tempo (26 e 36), enquanto os alemães responderam por Gnabry (25) e em duas bolas paradas, por Rüdiger, que marcou em posição irregular (40) e foi travado pelos punhos de Unai Simón (45).

A primeira oportunidade da segunda parte foi da Alemanha, com Unai Simón a ‘compensar’ um mau passe com uma grande defesa a remate de Kimmich, aos 56 minutos, para, aos 60, Dani Olmo testar Neuer, com um remate de longe.

O golo da Espanha chegou pouco depois, aos 60 minutos: Alba apareceu solto na esquerda, levantou a cabeça e centrou rasteiro, para o desvio subtil, com um toque a fazer a bola sobrevoar Neuer, de Morata, que tinha sido lançado, aos 54.

Três minutos depois, a ‘roja’ poderia ter ‘acabado’ com o jogo, mas Asensio atirou para as ‘nuvens’ a melhor jogada do encontro, iniciada com um passe, no relvado, de Alba para Dani Olmo, que centrou rasteiro para a entrada da área, onde Gavi, inteligente, deixou passar a bola para o remate ‘desastrado’ do ‘madrileno’.

Depois da catadupa de substituições - mais duas para a Espanha e três para a Alemanha -, a ‘Mannschaft’ melhorou, sobretudo pela ação de Musiala, que centrou para Füllkrug finalizar mal, aos 73 minutos, e, aos 74, isolou-se, mas rematou para defesa de Simón.

Perante uma Espanha já menos atrevida, a tentar controlar, a Alemanha acabou mesmo por chegar ao empate, aos 83 minutos: Sané, que entrou bem, colocou em Musiala e este, ao dominar, deixou a bola em Füllkrug, que ‘fuzilou’ Simón de pé direito.

Até ao final, as duas equipas tiveram, cada qual, uma ocasião para chegar ao triunfo, mas Morata não correspondeu da melhor forma a um passe de Nico Williams, aos 89, e, aos 90+5, Sané isolou-se, mas decidiu tarde e só ganhou um canto.