Os sócios do Nacional aprovaram em Assembleia Geral extraordinária a possibilidade de alienação do capital social da Sociedade Anónima Desportiva até ao limite legal.
O único ponto presente na ordem de trabalhos da AG, “atribuir poderes à direção de alienar o capital social detido direta e indiretamente pelo clube no Clube Desportivo Nacional, Futebol SAD até ao limite permitido por lei”, foi aprovado.
No final, muitos sócios mostraram o seu desagrado na recontagem dos votos, que, num primeiro momento, registou 31 contra, 30 a favor e uma abstenção o que inviabilizava a proposta.
“Quem contou os votos não contou com a Mesa da AG, que também são sócios e têm direito a voto e, portanto, tinha excluído os membros da mesa e ao adicionar foi reparado [o erro]”, explicou Rui Alves, no fim da reunião magna, que teve lugar no Estádio da Madeira.
O presidente explicou que a votação serve para proteger a instituição e abrir possibilidades de soluções futuras. Embora já tenham ocorrido abordagens de possíveis investidores, elas nunca avançaram devido à "inexistência de poderes para tal". Agora, a instituição está em condições "de ouvir e tomar decisões" sobre possíveis investimentos, considerou.
Rui Alves admitiu sentir a sua liderança contestada “há muito tempo” e insinuou que poderia abandonar o cargo se a votação lhe fosse desfavorável.