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Carlos Queiroz desafiou hoje a seleção a estar “preparada” para aproveitar os 10 por cento de hipóteses que considera Portugal tem de ganhar o Mundial de futebol de 2010, na África do Sul.
“Antes de iniciar a qualificação, se calhar, tínhamos uma hipótese em um milhão de chegarmos lá, sermos campeões do mundo. Depois qualificamo-nos e as nossas hipóteses são melhores, talvez um para mil”, começou por explicar.
E prosseguiu: “Agora temos de preparar-nos bem, dar aos jogadores todas as condições para poderem ganhar os jogos. Se calhar, ter uma equipa - que já levou Portugal à fase final de um mundial - a mil à hora e com Cristiano Ronaldo, Deco e Liedson, todos eles a velocidade de cruzeiro. Se isso acontecer, teremos mais hipóteses, se calhar uma em 10 e devemos estar preparados”.
Queiroz lembrou que tem esta atitude “há 25 anos”, quando acreditou que “era possível chegar à frente”, e com isso criou “campeões do mundo” e alterou “a imagem dos jogadores e treinadores portugueses em tudo o mundo”.
“Criámos coisas diferentes. Fizemos todos acreditar. Há 25 anos foi mais difícil. Agora, com a mesma convicção e ajuda de jogadores e de todos, temos de fazer isso, jogar de igual para igual e quando chegar a hora estar preparados”, frisou.
Por isso, o selecionador deseja que a equipa nacional “tenha uma capacidade de afirmação e qualidade de jogo que lhe permita competir com todos os adversários”.
“É para isso que estamos a trabalhar. Estamos com a mesma atitude de há 25 anos que levou a criar a geração de ouro de jogadores e treinadores. A vontade e determinação de todos é prestigiar e dignificar o futebol português”, resumiu.
E, em jeito de conclusão, lembrou que provocou “risos” aos seus pupilos quando há um quarto de século estipulou metas ambiciosas que levaram aos títulos mundiais júnior em 1989 e 1991.
