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Mundial feminino: Patrícia Morais promete que Portugal dará tudo pelos 'oitavos'

A guarda-redes Patrícia Morais, titular em oito dos 13 jogos da qualificação lusa para o Mundial feminino de 2023, acredita que Portugal pode ultrapassar a fase de grupos e promete uma equipa que tudo fará para o conseguir.

Mundial feminino: Patrícia Morais promete que Portugal dará tudo pelos 'oitavos'

“Espero coisas bastante positivas. Acho que é importante pensarmos positivo, acreditarmos em nós próprias. Cada uma de nós tem um objetivo pessoal, mas lutaremos todas para atingir aquilo que são os nossos grandes objetivos (coletivos), que é passar a fase de grupos”, disse em entrevista à Lusa a guardiã de 31 anos.

A formação lusa sabe que não encontrará facilidades na Nova Zelândia, num Grupo E com as campeãs em título (Estados Unidos) e as vice-campeãs (Países Baixos) e ainda com o Vietname, mas também promete colocar dificuldades aos adversários.

“Sabemos que é um grupo muito difícil, mas, se nós quisermos, se nós mantivermos a nossa humildade, a nossa capacidade guerreira, que é aquilo que nos caracteriza... somos uma equipa com muita ambição, que nunca desiste, e, certamente, se para nós será difícil, para os outros, para os adversários, também”, explicou a número 12 lusa.

Até ao Mundial2013, que arranca em 20 de julho – e se prolonga até 20 de agosto -, com estreia lusa no dia 23, face aos Países Baixos, ainda há muito trabalho por fazer, pelo que ainda não se sente ansiedade, até porque a prova ainda não parece real.

“É normal sentirmos algumas emoções, algumas sensações. Na verdade, ainda não caí em mim pelo facto de estar no Mundial. Acho que só quando pisar a Nova Zelândia novamente é que vou acreditar que nós todas conseguimos. É pensar passo a passo, jogo a jogo, sem pensar daqui para frente. Ainda falta um longo caminho pela frente de preparação”, afirmou à Lusa Patrícia Morais.

A guarda-redes que representou o Sporting de Braga em 2022/23 está-se a preparar para a aventura, depois de já mais de uma década ao serviço da seleção nacional, com os seus altos e baixos.

“Felizmente, já estou há alguns anos no futebol e já tive várias experiências, momentos bons e momentos maus. A aprendi que todos nós vamos continuar a errar, que não há jogos perfeitos, mas também não há jogos muito maus”, explicou.

Patrícia Morais já teve de enfrentar o ‘rótulo’ de 'culpada', algo que não a colocou para baixo, muito pelo contrário.

“Obviamente que quando nos referindo a um jogo como o da Rússia [derrota caseira por 1-0 no apuramento para o Euro2022], é bom recordar. Eu gosto de recordar, apesar de ser negativo, porque nós crescemos mais a olhar para o negativo do que a olhar para o positivo. Pelo menos, esta é a minha forma de pensar”, frisou.

O segredo é o foco: “Em todos os jogos, temos de estar concentrados do primeiro ao último minuto. Lá está, podemos ter um jogo em que não tenhamos tantas ações, podemos ter um jogo em que nem sequer tocamos na bola, e podemos ter outro em que constantemente estamos em ação”.

“O principal é que temos que ter uma mentalidade muito forte, temos de estar focadas em todos os momentos do jogo e isso também nos faz crescer, ajuda-nos a crescer enquanto jogadoras e a amadurecer em campo. Agora, é bom sinal não ter tanto trabalho, é sinal que estamos cada vez melhores”, frisou à Lusa.

À Oceânia, Patrícia Morais chega com mais de 80 internacionalizações (83), numa ‘aventura’ iniciada aos 19 anos, em 25 de agosto de 2011, num particular com a Turquia, que se saldou por um triunfo luso por 2-1, em Rio Maior.

“Recordações? Sim, obviamente, a primeira é sempre memorável. Nós lembramos sempre daquilo que é especial para nós. Sem dúvida que me recordo daquele jogo e da equipa com quem joguei, que foi a Turquia. Foi um momento muito bom e uma felicidade enorme por poder representar o meu país”, recordou.

De então para cá, muito mudou: “Há, sem dúvida, muitas diferenças, nomeadamente nas condições que temos, tanto a nível de campeonato, como ao nível de seleção. Mudou muita coisa e para melhor, graças a Deus. O futebol feminino em Portugal está a crescer muito mais e o mérito também é da federação, que nos deu as condições para nós podermos desfrutar daquilo de que mais gostamos, que é jogar futebol”, disse.

No seu posto específico, também há agora condições que não havia há uma década: “Daquilo que me recordo, eu não tive uma formação de treino de guarda-redes e, obviamente, de lá para cá, foi existindo cada vez mais um treino específico. E isso é muito bom, ajuda-nos a crescer e sem dúvida que foi muito vantajoso, uma evolução muito grande desde 2011 até 2023”.

A seleção portuguesa feminina de Portugal é estreante no Mundial de 2023, que se realiza na Austrália e Nova Zelândia, de 20 de julho a 20 de agosto, com a seleção lusa integrada no Grupo E, com Países Baixos (jogo em 23 de julho, em Dunedin), Vietname (27, em Hamilton) e Estados Unidos (01 de agosto, em Auckland).

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