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Mundial feminino: «Este Mundial não é meu, é delas», Kika Nazareth

A avançada Kika Nazareth estreou-se na seleção feminina de futebol há pouco mais de três anos, mas já se prepara para jogar um Mundial, que não considera seu, mas “delas”, das jogadoras que há muito perseguiam este sonho.

Mundial feminino: «Este Mundial não é meu, é delas», Kika Nazareth

A jogadora do Benfica conseguiu em muito pouco tempo o que muitas nunca lograram e outras só atingiram com mais de 30 anos e 100 internacionalizações, sendo que só tinha três anos quando Carolina Mendes se estreou na seleção.

“Para além de ser um motivo de orgulho, obviamente, eu digo, e faço questão de dizer, que este Mundial não é meu, este Mundial é dessas jogadoras e dessas colegas de equipa que estão aqui há muitos anos, que estão a lutar por isto desde que, se calhar, puseram os pés aqui, com 16, 17 ou 18 anos”, frisou.

Kika Nazareth está feliz por estar entre “elas” nesta aventura que está prestes a ser vivida.

“Este mundial é delas e eu, mais do que estar entre as melhores equipas do mundo e mais do que estar presente no Mundial, (sinto-me feliz) por poder representar a seleção com este grupo, e com estas pessoas, e com estas amigas, e com esta equipa, porque este Mundial é para elas”, prosseguiu.

Se para muitas jogadoras esta poderá de ser, simultaneamente, a estreia e a despedida na principal competição de seleções, a avançada de 20 anos espera, naturalmente, ter mais oportunidades.

“Eu, se Deus quiser, terei mais uns quantos pela frente, portanto, este Mundial é para elas. Eu também sei que faço parte de todo o processo, mas (para elas) já são muitos anos... Eu nem era nascida e já elas estavam a trabalhar para isto, portanto é delas, é meu também, é nosso, mas é delas”, reforçou.

Para Kika, passaram pouco mais de três anos desde a estreia, face à Itália, na Algarve Cup, em 05 de março de 2020, saldada com um desaire por 2-1, culpa de um penálti já nos descontos.

“Tento sempre ver o lado bom, mas confesso que a primeira recordação que tenho é a derrota e o penálti sofrido no último minuto, mas, tirando isso, obviamente é um sentimento brutal, especial representar a seleção. Representar o nosso país ao mais alto nível é alguma coisa, é aquele nervosismo que eu digo sempre ser bom”, recordou.

Foi algo que não planeava: “Eu não sou muito, ou pelo menos não era, uma pessoa de planear ou de ter sonhos, ou de ter objetivos, porque eu não considerava, não ponderava, não me passava sequer pela cabeça chegar à seleção nacional”.

“Mesmo já estando na formação, pensava que ainda ia demorar, porque faz parte de um de um processo grande e de um processo que demora muito tempo. Portanto foi assim tudo muito rápido. Não estava à espera, mas é sempre é especial, é muito especial”, reforçou a internacional portuguesa.

Kika não esperava chegar tão cedo a internacional ‘AA’ nem a um Mundial.

“Não (esperava), e tenho reparado nisso nestes 2/3 anos. Neste tão curto espaço de tempo, as coisas já mudaram radicalmente, no bom sentido. A aposta é maior, há as redes sociais, se calhar há uns anos, mesmo há três, não havia esta visibilidade, os olhos estavam postos noutras coisas. De vez em quando aparecia cá alguém com uma câmara e agora é muito mais recorrente”, comparou.

De acordo com Kika, o futebol, no feminino, “começa a ser mais falado”, numa “bola de neve” que faz com que o “futebol jogado por mulheres evolua”.

“Tem sido brutal, tem sido rápido. Eu acho que nós queremos que evolua, mas com calma, pois não queremos dar um passo maior do que a perna. Acho que as coisas estão a ser feitas da melhor maneira, estão a andar como devem, no tempo certo, e tem tudo pernas para andar para a frente”, concluiu.

A seleção portuguesa feminina de Portugal é estreante no Mundial de 2023, que se realiza na Austrália e Nova Zelândia, de 20 de julho a 20 de agosto, com a seleção lusa integrada no Grupo E, com Países Baixos (jogo em 23 de julho, em Dunedin), Vietname (27, em Hamilton) e Estados Unidos (01 de agosto, em Auckland).

Confira aqui tudo sobre a competição.

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