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Mundial feminino: Francisco Neto nunca duvidou do apuramento para o Mundial

O selecionador Francisco Neto nunca duvidou que Portugal conseguiria o apuramento para o Mundial feminino de 2023, nem quando começou com um frustrante empate, nem quando acabou com um triunfo ‘arrancado’ nos descontos.

Mundial feminino: Francisco Neto nunca duvidou do apuramento para o Mundial

“Duvidar? isso não, porque nós dependíamos só de nós e isto é algo que nós passamos muito às nossas jogadoras: nós temos que fazer tudo para depender só de nós, porque enquanto dependemos só de nós temos que ser imbatíveis”, explicou.

Ainda assim, o empate 1-1 na Turquia, a abrir, complicou as contas, tornando “diminuta a margem de erro”, sendo que, já na segunda metade da qualificação, um triunfo da Sérvia na receção à Alemanha “ainda complicou mais a vida” à seleção lusa.

“Mas sempre muito tranquilos, porque sabíamos que ganhando os nossos jogos, seguindo aquilo que nós tínhamos traçado para nós, iríamos conseguir, e foi o que aconteceu. A partir daí, só perdemos com a Alemanha e ganhámos os outros jogos todos. Criámos outra vez esta cultura de vitória”, explicou.

A vitória na Sérvia foi emblemática e certificou, praticamente, o apuramento, mas Francisco Neto é da opinião que “o jogo chave foi o jogo em casa com a Sérvia [vitória por 2-1, em Setúbal], porque, nesse jogo, a Sérvia jogou muito bem”.

“Passámos ali algumas dificuldades, enquanto, na Sérvia, fomos sempre superiores e fizemos um muito bom jogo. Cá (...), se não ganhamos esse jogo, passaríamos a não depender quase de nós. Aí, senti um bocadinho mais de pressão na equipa, um bocadinho mais tensão, consequência do jogo na Turquia”, explicou.

O selecionador é da opinião de que “depois de ganhar esse jogo, as coisas foram rolando melhor”.

“Claro que, depois, há essa vitória da Sérvia em casa com a Alemanha, e nós sabíamos que nem podíamos empatar na Sérvia. E aí, voltou a ser um jogo decisivo, mas também já sabíamos que (...) enquanto elas também dependem só delas, as coisas iam ser complicadas nesse apuramento, mas eu acho que até foi mais difícil o jogo cá do que o jogo lá”, insistiu.

Portugal seguiu para o play-off europeu, ao ficar apenas atrás da Alemanha, e aí conseguiu eliminar duas equipas mais cotadas, a Bélgica e a Islândia.

“Em nove anos, foi a melhor dupla jornada que tivemos. Acho que fomos altamente competitivos, estamos com o mindset certo, completamente focados, muito fortes mentalmente. As jogadoras chegaram muito bem. Os clubes trabalharam espetacularmente, elas vinham muito bem preparadas”, recordou.

E acrescentou: “A presença no Campeonato da Europa [de 2022] deu-nos uma vantagem competitiva muito grande, porque nos permitiu muito tempo de trabalho com as jogadoras. Ir às fases finais é uma vantagem muito grande e acredito que, depois do Mundial, também iremos dar outra vez um salto competitivo, ter um Portugal ainda melhor do que temos tido”.

Os triunfos face a belgas e islandesas não deram ainda apuramento, com Portugal a ter de disputar um play-off intercontinental, na Nova Zelândia, com os Camarões, face aos quais “não merecia” ter sofrido até final.

“Mas, mais uma vez, dependíamos só de nós, e isso, para nós, era a melhor sensação do mundo. Claro que há sempre a preocupação de ter que fazer mais um jogo, mas, lá está, o ‘mindset’ veio outra vez ao de cima. [As jogadores estiveram] muito focadas, muito disponíveis, e acho que fazemos 30 minutos iniciais com os Camarões brilhantes, com muitas oportunidades”, recordou.

O problema foi não ‘materializar’ mais jogadas: “Fazemos o golo e, depois, como não fazemos o 2-0, começamos a ficar mais intranquilos e as coisas complicaram-se ali um bocadinho na parte final. O lado emocional jogou um bocadinho e nós não estivemos tão preparados emocionalmente como deveríamos estar, mas isso é experiência, é impossível recriar estas situações de play-off sem as vivenciares. Não há exercício nenhum no mundo, não há treino nenhum no mundo, que te que te replique aquelas emoções”.

“Mas crescemos e, felizmente, depois do golo [do empate, dos Camarões], conseguimos ter a serenidade de criar o nosso momento e fazer o nosso golo e a Carole meter-nos no Mundial”, lembrou o selecionador luso.

A seleção portuguesa feminina de Portugal é estreante no Mundial de 2023, que se realiza na Austrália e Nova Zelândia, de 20 de julho a 20 de agosto, com a seleção lusa integrada no Grupo E, com Países Baixos (jogo em 23 de julho, em Dunedin), Vietname (27, em Hamilton) e Estados Unidos (01 de agosto, em Auckland).

Confira aqui tudo sobre a competição.

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