Vítor Campelos: "Sofremos um golo já nos descontos depois de uma falta evitável"

“Fizemos um bom jogo. Disse que seríamos uma equipa personalizada, a querer ter bola e com os olhos na baliza adversária. Não entrámos tão bem no jogo e sofremos o 1-0. Depois, ficámos mais tranquilos, confiantes e chegámos ao empate com mérito.

Sabíamos que o FC Porto ia apostar tudo. Continuámos organizados e com olhos postos na baliza contrária. Tivemos duas ou três oportunidades para marcar, mas o Diogo Costa esteve muito bem. E sofremos um golo já nos descontos depois de uma falta evitável. Tínhamos de ser mais agressivos a atacar a bola. Estamos tristes pelo resultado, entendemos que é injusto pelo que se passou. Mas levamos coisas boas.

A adrenalina ainda é muito grande. Não só neste, mas como em todos os jogos. […] Ainda por cima quando acontece sofrer um golo já nos tempos de desconto e antes disso podíamo-nos ter adiantado no marcador por aquilo que tínhamos conseguido pela organização, pela qualidade nas saídas. É um coração de treinador. Eu fui adjunto durante uns anos de um senhor chamado Toni e muitas das vezes as pessoas quando estavam com ele perguntavam: ‘Então mister, como é que está?’ E ele dizia: ‘estou como um mister’. Nós desde que enveredamos por esta profissão não há momento em que consigamos desligar. E, mesmo depois dos jogos que conseguimos vencer, vamos para casa cinco ou 10 minutos festejar, mas a nossa cabeça começa logo a pensar no próximo jogo.

Gostava de estar com uma adrenalina positiva, com outro resultado, porque acho que merecíamos isso, mas não teve que ser, e temos que já começar a pensar no próximo jogo, porque é o mais importante da época, porque é o próximo”.