Jornalista britânico sobre Beckham: "É fascinante como se tornou um colosso sendo tão normal"

Carlin, que acompanhou de perto a carreira de Beckham, afirmou que, apesar de ser uma pessoa simpática e humilde, o seu talento como jogador não o coloca no topo da lista dos melhores. "Não estaria, a nível desportivo, no top 50", alegou Carlin.

"Sei muito de David Beckham, escrevi um livro sobre ele e viajava com ele tanto no Manchester United como no Real Madrid. É uma pessoa muito humilde, simpática. Cumprimenta toda a gente, quando foi a uma entrevista ao As cumprimentou desde a senhora das limpezas à secretária. Mas não estaria, a nível desportivo, no top 50", disse o jornalista, em declarações 'El Larguero', programa da Cadena SER.

O jornalista também levantou a questão de como Beckham se tornou um jogador de renome, apesar de não ser um jogador extraordinário. Ele lembrou que Beckham não era o melhor no Real Madrid, nem mesmo no Manchester United.

"Não era um grande futebolista. Não era o melhor no Real Madrid e menos ainda no United. É fascinante como se tornou nesse colosso sendo tão normal. Foi um grande profissional, era o primeiro a chegar a Valdebebas para treinar-se. Ninguém duvida que deu o seu melhor no clube", observou o jornalista.

Segundo Carlin, a chegada de Beckham não contribuiu para o sucesso do Real Madrid, mas sim o contrário. Ele acredita que a equipa teria se saído muito melhor com um jogador como Claude Makelele no meio-campo, protegendo e servindo jogadores como Raúl, Zidane e Luis Figo.

"Acompanhei de perto o primeiro ano dos galácticos. Perderam com o Mónaco, nada ganharam essa época. Se em vez de contratarem Beckham tivessem mantido naquela posição o Makelele, que era o melhor médio defensivo do mundo, teriam ganhado tudo. Makelele tinha de estar de serviço a Raúl, Zidane, Figo... A chegada de Beckham não contribuiu, muito pelo contrário...", rematou Carlin.