"Schmidt deu quatro dias de folga, Conceição trabalhou rotinas..."

O agora comentador desportivo expressou a sua opinião sobre o atual momento da equipa encarnada e fez observações sobre o avançado Arthur Cabral, que recentemente se juntou às fileiras do clube.

Um dos pontos que Diogo Luís destacou foi a necessidade de ajustar o estilo de jogo do Benfica para permitir que o avançado brilhe. O brasileiro tem um perfil diferente dos jogadores anteriores, como Gonçalo Ramos, e, portanto, exige uma abordagem tática distinta.

"Acho que o Benfica tem que jogar de uma forma diferente para o Arthur Cabral poder aparecer. Não pode ser um Benfica como jogava com Gonçalo Ramos, porque as características são completamente diferentes", começou por defender o ex-jogador das águias, em declarações na CNN Portugal.

Luís observou que a atuação de Cabral no jogo contra o Arouca demonstrou algumas das suas maiores qualidades, incluindo a capacidade de reter a bola, driblar e finalizar com precisão. No entanto, para que Cabral se destaque, a equipa deve adaptar o seu estilo de jogo para explorar essas habilidades únicas.

"Ontem vimos um dos pontos fortes do Arthur Cabral, segurou, virou e depois correu meio campo. Até parece que estava a correr para trás, mas os defesas ainda estavam a correr mais lentamente do que ele e ele estava com bola. A forma como ele conseguiu proteger a bola dos defesas, a forma como ele conseguiu depois finalizar", observou.

"É um jogador que tem características positivas, mas o Roger Schmidt tem que perceber que são características diferentes de Guedes, de Ramos, portanto acima de tudo tem que alterar o modo de jogar", acrescentou Diogo Luís.

Outro ponto de preocupação abordado por Diogo Luís é o uso de laterais. Ele observou que o Benfica possui dois laterais esquerdos no plantel, Juan Bernat e David Jurasek, mas em vez de os aproveitar, a equipa optou por jogar com João Neves a defesa direito e Aursnes a lateral esquerdo.

Esta escolha parece surpreendente para Diogo Luís, especialmente considerando o investimento feito pelo emblema encarnado em Bernat e Jurasek.

"Esqueci me de tocar aqui num ponto importante. É inacreditável como é que o Benfica tem dois laterais esquerdos no plantel, Juan Bernat e David Jurasek, e joga o João Neves a defesa direito e o Aursnes a lateral esquerdo. Se tivesse na posição dos dois laterais que ficaram no banco a minha confiança caía a pique."

"Como é que Roger Schmidt não consegue potenciar Bernat e Jurasek, um jogador que custou 20 milhões ao Benfica e o outro que recebe um balúrdio na Luz?"

Luís também destacou as mudanças surpreendentes de posição de alguns jogadores durante o jogo contra o Arouca. Ele questionou as decisões de Schmidt e expressou preocupação com a falta de coesão tática da equipa.

Além disso, o ex-jogador criticou a decisão de Schmidt de dar quatro dias de folga ao plantel durante a pausa das seleções, uma escolha que levantou questões sobre a preparação para o jogo.

"O Benfica ontem jogou em Arouca com um sistema diferente. Schmidt teve a paragem das seleções para preparar a equipa para a mudança tática, mas o que aconteceu? Deu 4 dias de folga ao plantel, enquanto Sérgio Conceição, aproveitou a paragem para trabalhar as rotinas do FC Porto", rematou.

As observações de Diogo Luís refletem as preocupações de muitos adeptos do Benfica sobre o atual momento de forma da equipa e a sua abordagem ao jogos sob a liderança de Roger Schmidt.

A discussão em torno do desempenho e das escolhas táticas do técnico alemão, que levou o Benfica à conquista do título de campeão nacional na sua época de estreia em Portugal, continua a ser um tópico quente entre os adeptos encarnados, e é evidente que há um desejo geral por mudanças que possam permitir que os talentos individuais do plantel, como Arthur Cabral, brilhem.