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"Somos, em Braga e em Portugal, peritos no julgamento, mas ninguém me dá lições de braguismo"

O Sporting Clube de Braga encontra-se num período de contrastes, oscilando entre conquistas desportivas notáveis e a contestação à liderança técnica da equipa, que tem como principal figura Artur Jorge.

"Somos, em Braga e em Portugal, peritos no julgamento, mas ninguém me dá lições de braguismo"
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Recentemente, os bracarenses alcançaram a glória ao conquistarem a Taça da Liga contra o Estoril Praia, um feito que realçou a competitividade e a determinação do clube minhoto.

Para além disso, o desempenho consistente na Liga dos Campeões, onde defrontaram adversários de renome como o Real Madrid e o Nápoles, culminou na obtenção de uma vaga na Liga Europa, um marco significativo para o clube.

No entanto, o ambiente de euforia decorrente destas importantes conquistas foi turvado pela contestação à figura do treinador bracarense Artur Jorge, após um empate em casa contra o Desportivo de Chaves, num jogo referente à 19ª jornada da Primeira Liga.

A presença de lenços brancos nas bancadas do Estádio Municipal de Braga refletiu a insatisfação de uma parte dos adeptos minhotos com o resultado desfavorável às ambições do Sp. Braga e com o desempenho da equipa sob a orientação de Artur Jorge.

Na conferência de imprensa de antevisão ao próximo embate dos minhotos, frente ao Moreirense, novamente na Pedreira, o técnico português dirigiu-se aos adeptos que manifestaram o seu descontentamento.

Questionado sobre se o Sp. Braga elevou demasiado as expetativas, Artur Jorge sublinhou a importância de manter a ambição e lutar por objetivos elevados em todos os jogos.

O treinador minhoto salientou que a conquista de um título não foi por acaso e que a equipa está determinada a aproximar-se dos primeiros lugares da tabela classificativa, apesar das adversidades.

"Teremos de ter ambição e de lutar por objetivos altos, em cada um dos jogos olhar com o objetivo de ganhar. Vencemos um título, não nos deram nada por acaso, e a distância para os três primeiros vai obrigar a um tremendo esforço, queremos aproximar-nos, mas também temos de olhar para quem está atrás, temos equipas próximas de nós", começou por dizer Artur Jorge.

"Temos de ter a humildade de olhar para cima, mas também de quem temos atrás de nós. É um trabalho que se faz ao longo do ano, avaliar o desempenho quando as coisas terminarem e ver o ponto de situação", acrescentou.

Questionado sobre a contestação por parte de alguns adeptos, Artur Jorge abordou o tema com franqueza. O treinador salientou que, em Braga e em Portugal, muitas vezes há um julgamento precipitado sem uma avaliação racional do que foi realizado.

"Somos, em Braga e em Portugal, peritos no julgamento em cima do momento sem termos a racionalidade de avaliar o que é feito", frisou o técnico.

"Se me desagrada e fico desiludido? Claro que sim. Em relação a mim, ninguém me dá lições de braguismo"

Ao abordar a tensão entre a equipa e os adeptos, Artur Jorge apontou várias possíveis razões, desde a exigência e a expetativa até ao mero descontentamento.

O treinador destacou a necessidade de os adeptos serem um apoio constante à equipa, reforçando que a equipa está ansiosa pelo próximo jogo e deseja competir rapidamente.

"Pode ser a exigência, a expetativa, o maldizer por maldizer. Temos é que ter os nossos adeptos façam a diferença pela positiva, façam parte das nossas conquistas, precisamos deles para suportar a equipa. A equipa está desejosa que venha o próximo jogo. Queremos competir rapidamente", rematou Artur Jorge.

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