Roger Schmidt, técnico do Benfica, tornou-se uma vez mais alvo de atenção especial por parte da imprensa nacional, ao decidir não marcar presença na habitual conferência de imprensa antes do jogo contra o Vizela, válido pela 22ª jornada da I Liga.
"O Benfica tem 5 ou 6 milhões de adeptos", lembra antigo jogador português.
O motivo por trás da decisão de Schmidt está diretamente ligado ao apertado calendário da equipa, que se vê confrontada com a necessidade de enfrentar o Toulouse apenas 30 horas após o embate contra o Vizela, numa partida que é vital para as aspirações do Benfica na Liga Europa.
A escolha estratégica de preservar o treinador alemão da tradicional conferência de imprensa reflete uma abordagem cautelosa dos encarnados num momento crucial da temporada.
A ausência de Roger Schmidt não passou despercebida, suscitando comentários e análises de figuras proeminentes do mundo do futebol.
Após Maniche e Diogo Luís, ex-jogadores do Benfica e agora comentadores desportivos, expressarem as suas opiniões sobre a situação, é agora a vez de Dani, outro ex-jogador português, partilhar a sua visão sobre o momento tenso que se vive na Luz.
Em declarações à CNN Portugal, Dani manifestou perplexidade em relação à sequência de eventos que se tem vindo a suceder com o técnico alemão.
"È uma situação que não se percebe. Não consigo perceber bem o porquê disto estar a acontecer e de estar a haver isto continuamente", começou por observar o comentador.
O antigo internacional português destacou também a importância da relação entre o treinador e os adeptos, enfatizando que, num clube como o Benfica, com milhões de adeptos apaixonados, é fundamental cultivar e valorizar essa ligação.
"O Benfica tem 5 ou 6 milhões de adeptos, se há um clube em que os adeptos são importantes e em que a relação entre o treinador e os adeptos tem que ser cultivada, tem que ser valorizada, é no Benfica", destacou Dani.
Essa visão reforça a ideia de que, num clube de dimensão nacional e com uma massa adepta tão expressiva, a comunicação transparente e a gestão adequada das relações são fundamentais.
Dani enfatizou ainda a necessidade de justificar situações como esta aos adeptos encarnados, reconhecendo a importância da transparência entre o clube e a sua massa associativa.
"Tem que se justificar muitas situações que acontecem porque de facto são muitos adeptos e, quanto mais adeptos mais força pode o clube ter", acrescentou.
"Agora, se não olharem para esta relação, eu acho que as coisas ficam muito mais difíceis e os objetivos muito mais difíceis também de serem concretizados", rematou Dani.
Num momento em que a relação entre o treinador alemão e os adeptos benfiquistas parece estar sob tensão e escrutínio, a opinião de antigos jogadores e comentadores contribui para o debate sobre a gestão desportiva e a comunicação no Benfica.
Resta agora saber como esta situação se desdobrará nos próximos jogos e como o Benfica e Roger Schmidt vão lidar com as expectativas e críticas dos adeptos.
A ausência de Roger Schmidt na conferência de imprensa revela-se mais do que uma escolha logística; é um ponto de reflexão sobre a comunicação no futebol profissional, especialmente num clube de grande dimensão como o Benfica.
A gestão cuidadosa da relação com os adeptos é crucial para o sucesso e estabilidade a longo prazo, e esta situação pode servir como um catalisador para uma análise mais profunda sobre as dinâmicas no seio do clube.