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"A corrupção, a adulteração da verdade desportiva em Portugal é gigantesca"

O futebol português encontra-se novamente no centro de uma tempestade de controvérsias, desta vez com o empresário César Boaventura como figura principal.

"A corrupção, a adulteração da verdade desportiva em Portugal é gigantesca"
Porto Canal

"Houve marosca no Aves, no Setúbal. Todos esses clubes foram vítimas e acabaram despromovidos", lembra J. Marques.

A sua recente condenação por tentativa de influenciar jogadores do Rio Ave em 2016, num suposto esquema para favorecer o Benfica, desencadeou reações polarizadas e reabriu debates sobre ética e transparência no desporto nacional.

No entanto, o empresário português, conhecido pela sua ligação ao Benfica e pelo seu papel controverso no meio desportivo, nega veementemente as acusações.

Boaventura já anunciou, inclusive, a sua intenção de recorrer da decisão do Tribunal de Matosinhos, mantendo a sua posição de inocência perante as acusações que recaem sobre si.

A controvérsia ganhou novos contornos com a revelação do acórdão do Conselho de Disciplina, que expôs uma suposta nova tentativa de denúncia de aliciamentos por parte do empresário João Carlos Pinheiro Paula.

Novamente envolvendo jogadores do emblema vilacondense e com o mesmo propósito de favorecer o clube da Luz, este processo também foi arquivado, alimentando ainda mais as reações de figuras ligadas aos rivais do Benfica.

"Inaceitável que o grande beneficiário de tudo isto continue a escapar incólume"

A reação de Francisco J. Marques, diretor de comunicação e informação do FC Porto, não se fez esperar e, através das redes sociais, Marques expressou a sua indignação perante a falta de ação no combate à corrupção desportiva.

"A corrupção, a adulteração da verdade desportiva em Portugal é gigantesca. Não a combater é um incentivo aos corruptores", começou por escrever o sócio azul e branco, numa mensagem publicada na rede social X.

"Já sabíamos que César Boaventura tinha tentado corromper a favor do Benfica jogadores do Rio Ave e do Marítimo, agora ficamos a saber que João Carlos Pinheiro Paula fez o mesmo na época seguinte, novamente com o Rio Ave, novamente para beneficiar o Benfica", observou J. Marques.

"Sabemos também que houve marosca no Aves, que houve marosca no Setúbal. Todos esses clubes foram vítimas e acabaram despromovidos (o Rio Ave já conseguiu regressar à I Divisão)", acrescentou o conhecido dirigente portista.

Criticando os sucessivos arquivamentos de casos de alegada corrupção, Francisco J. Marques destacou também a urgência de medidas mais firmes e de uma postura mais assertiva por parte das entidades reguladoras.

"Inaceitável os sucessivos arquivamentos, inaceitável que o grande beneficiário de tudo isto continue a escapar incólume", frisou.

"Extraordinário conseguirem que esta gente não seja agente desportivo, porque eu bem me lembro das voltas que deram para me considerarem agente desportivo para me poderem castigar", lembrou o sócio dos dragões.

J. Marques concluiu enfatizando que não agir perante casos evidentes de adulteração da verdade desportiva equivale a ser cúmplice, instando a uma postura corajosa e determinada no combate a estas práticas.

"Não há outra forma de o dizer, quem não age perante sucessivos e evidentes casos de adulteração da verdade desportiva só pode ser considerado cúmplice. Doa a quem doer é tempo de não ter medo e agir", rematou.

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