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Roger Schmidt, técnico alemão que é cada vez mais contestado na Luz, tem sido sistematicamente criticado quando às suas opções táticas, bem como à forma como está a gerir o plantel encarnado na presente época.
"Creio que já merece a titularidade há bastante tempo. Os outros dois avançados têm um rendimento muito baixo", observou Pedro Bouças.
Numa época em que o Benfica falhou quase todos os objetivos da temporada, à exceção da conquista da Supertaça Cândido de Oliveira diante do eterno rival FC Porto, é notória a insatisfação que se faz sentir entre a massa associativa benfiquista.
Se na época transata Roger Schmidt ficou conhecido por mexer pouco na sua equipa base, certo é que esta temporada o técnico alemão tem promovido uma verdadeira revolução nos onzes escolhidos para as partidas, não tendo, e ainda por estranho que pareça, nesta resta final um onze tipo.
Esta indefinição do técnico que se sagrou campeão nacional na sua estreia em solo português tem feito crescer uma onda de insatisfação nos adeptos encarnados, que pedem mesmo a saída de Schmidt no final da presente temporada.
Ora, uma das grandes interrogações de Roger Schmidt tem sido a escolha do jogador mais avançado da equipa, tendo alternado entre os três avançados que tem à escolha: Tengstedt, Arthur Cabral e Marcos Leonardo.
Contudo, e não estando satisfeito com as soluções, o treinador germânico decidiu entrar em algumas partidas sem uma referência ofensiva, tendo caído sobre Rafa Silva a responsabilidade de ser o 'homem golo' das águias, algo que não caiu muito bem no goto de alguns adeptos.
Certo é, que entre os três jogadores à disposição de Schmidt para o ataque, há um nome que salta à vista, não pelo número de minutos somados com a camisola encarnada, mas sim pela tremenda eficácia que tem demonstrado na Luz: Marcos Leonardo.
Prova disto foi o último encontro do Benfica, onde o avançado brasileiro começou a partida diante do Sp. Braga no banco de suplentes, mas ainda foi a tempo de bisar, tendo sido considerado o homem do jogo.
Neste sentido, e depois de mais uma exibição bem conseguida de Marcos Leonardo, Pedro Bouças, antigo treinador adjunto de Jesualdo Ferreira no Santos e atual comentador do Canal 11, afirmou que o jovem jogador canarinho é a melhor opção para a frente de ataque dos encarnados.
"Demasiadas vezes jogou o Tengstedt por aquilo que oferecia defensivamente ao jogo", começou por analisar Bouças, em declarações à 'Antena1'.
"Como o Benfica tem vários jogadores que não defendem com qualidade, a forma de compensar foi colocar um avançado que corra muito e que ajude no processo defensivo. Isso penalizou a utilização do Marcos Leonardo", observou o técnico.
Na opinião de Pedro Bouças, e dada a eficácia de Marcos Leonardo perto da baliza, o jovem avançado já merece ser chamado à titularidade por mais ocasiões, apontando para a 'média absurda' do jogador ex-Santos.
"Creio que já merece a titularidade há bastante tempo, tendo em conta que os outros dois avançados do Benfica têm um rendimento muito baixo", destacou Bouças.
"Depois de mais uma prova, em que leva sete golos em 300 e tal minutos, uma média absurda, merece ser titular e ter continuidade para se enquadrar com a equipa e continuar com este impacto", explicou.
Os dados mostram que Marcos Leonardo não precisou de muito tempo para se ambientar ao Benfica e ao futebol português, algo que não surpreende o comentador do Canal11, já que o avançado 'é um goleador por natureza'.
"Nada surpreendido. O Marcos que vi jogar, que conheço e que tive o prazer de estar próximo, é um goleador por natureza. Tem uma apetência para acertar quase sempre na baliza. O que mais me surpreende é a pouca utilização em Portugal", finalizou Pedro Bouças.
