O Guangzhou Evergrande sagrou-se campeão da super-liga chinesa de futebol na quarta-feira, ilustrando a sua fulgurante ascensão desde que foi comprado por um dos industriais mais ricos da China, há apenas um ano.
A quatro jornadas do final da competição, o Guangzhou soma 61 pontos, mais 14 do que o segundo classificado, o Beijing GuoAn, dirigido pelo técnico português Jaime Pacheco.
O Guangzhou é também a equipa mais goleadora da super-liga chinesa, com 41 golos, metade dos quais apontados por dois avançados brasileiros (Cleo e Muriqui).
Na época anterior, antes de Xu Jiayin pagar 100 milhões de yuan (11,6 milhões de euros) pela compra do Guangzhou, o novo campeão chinês estava ainda na segunda divisão.
Xu Jiayin, presidente e proprietário do Guangzhou Evergrande, é considerado um dos homens mais ricos da China, com uma fortuna estimada em 43.000 milhões de yuan (5.000 milhões de euros).
O plantel do Guangzhou, dirigido pelo técnico sul-coreano Jang Soo Lee, tem seis jogadores estrangeiros, entre os quais o argentino Conca, descrito habitualmente na imprensa chinesa como “o mais caro” do país.
Em agosto, Xu Jiayin acordou com o presidente do Real Madrid, Florentino Peres, a criação de uma escola de futebol, a Evergrande-Real Madrid Football Academy, em Cantão, no sul da China.
Será a maior escola do género no Mundo, projetada para acolher 10.000 estudantes até 2015, e o primeiro curso arrancará em setembro de 2012, com 3.150 alunos, divididos por 63 classes e 123 equipas, revelou um jornal chinês.
O futebol, na China, foi profissionalizado apenas em 1993, depois do Partido Comunista Chinês se ter convertido à “economia de mercado socialista”.
Dezasseis equipas disputam anualmente a super-liga chinesa, entre abril e novembro.
Um outro técnico português, Nelo Vingada, foi contratado em julho passado pelo Dalian, um dos clubes mais prestigiados da China, mas que este ano corria o risco de descer de divisão.
No final da 26.ª jornada, a equipa de Nelo Vingada está no 13.º lugar, mas com uma vantagem de sete e nove pontos sobre as duas equipas mais ameaçadas de despromoção, o Shenzhen e o Chengdu, respetivamente.