O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, teve ligações comerciais com a empresa Ailanto Marketing, suspeita de ilegalidades na faturação do particular entre Brasil e Portugal (6-2), a 19 de novembro de 2008.
De acordo com um documento a que o jornal Folha de São Paulo teve acesso, a Ailanto foi proprietária de uma outra empresa, a VSV Agropecuária Empreendimentos Lda, que tinha sede numa propriedade de Ricardo Teixeira em Piraí, cidade do interior do Rio de Janeiro.
Teixeira negou qualquer relacionamento com a Ailanto, que recebeu nove milhões de reais (quatro milhões de euros) para organizar o jogo, ou responsabilidade nas supostas ilegalidades.
Os indícios de faturação excessiva levaram a polícia a abrir inquérito para investigar se houve algum desvio de dinheiro público, num caso que atualmente prossegue na Justiça Federal.
A empresa da Ailanto na propriedade do presidente da CBF foi registada a 11 de novembro de 2008, oito dias antes do particular, tendo sido extinta em janeiro de 2011.
A VSV Agropecuária tinha como sócios a Ailanto, propriedade do presidente do Barcelona, Sandro Rosell, e a sua secretária, Vanessa Precht.
Questionados pela Folha de São Paulo, funcionários da fazenda de Teixeira disseram que naquele local nunca funcionou a VSV Agropecuária.
Ricardo Teixeira assumiu a ligação à empresa, mas garantiu que esta é “legal” e que declarou nos impostos.