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União de Leiria: Jogadores anunciam rescisão coletiva

Os Dezasseis futebolistas da União de Leiria anunciaram hoje a rescisão coletiva de contrato, devido à situação de salários em atraso, e prometeram avançar com ações judiciais.

União de Leiria: Jogadores anunciam rescisão coletiva

A decisão foi comunicada após uma reunião de cerca de cinco horas entre o presidente do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF), Joaquim Evangelista, e o plantel, que decorreu à porta fechada no auditório do Estádio Municipal da Marinha Grande.

Evangelista tentou insistentemente encontrar uma solução junto da Liga de clubes e da SAD da União de Leiria, cujo presidente, João Bartolomeu, está demissionário.

No entanto, segundo o dirigente, a Liga entendeu não avançar com dinheiro para pagar parte dos salários e a SAD só estava disponível para liquidar um mês.

Os jogadores exigiram que os três meses em atraso fossem pagos, pelo que a equipa quebrou o contrato alegando justa causa. De fora desta decisão ficaram apenas os jogadores cedidos pelo Benfica à União de Leiria e os atletas juniores do clube.

''Aguentámos até à última para que alguma coisa fosse resolvida. Até este momento, nada foi resolvido e por isso tomámos uma decisão de grupo definitiva'', anunciou um dos capitães, Marco Soares.

Joaquim Evangelista salientou que os futebolistas e o sindicato estão de ''consciência tranquila'', porque ''tudo fizeram para resolver a situação''.

Evangelista considerou ''vergonhosa'' a atitude de alguns presidentes, que entendem que ''não pagar um ou dois salários é normal'' e, ''não satisfeitos, não pagam três, quatro e cinco meses''.

''É uma situação insustentável, que afeta a credibilidade do futebol português e revela insensibilidade para com aqueles que são os grandes obreiros dos grandes êxitos do futebol português e das mais-valias que o mesmo gera'', acrescentou o presidente do sindicato.

Segundo Joaquim Evangelista, esta situação deve-se ''aos clubes que envergonham o futebol português, aos dirigentes que não souberam encontrar soluções e ao presidente da Liga''.

''A Liga teve a possibilidade de resolver a situação. Não venha agora com o argumento que ao ajudar o Leiria está a prejudicar ou a discriminar outros clubes'', criticou Evangelista, exemplificando com a posição da liga espanhola.

Segundo o dirigente, os jogadores ''não estão mais disponíveis para pactuar com as irresponsabilidades dos dirigentes'' e espera que ''seja um virar de página''.

O presidente do SJPF enaltece ainda a ''coragem suficiente'' dos jogadores da União de Leiria, cuja posição pode servir de incentivo a outros e ''para que, de uma vez por todas, as instâncias desportivas e políticas erradiquem este fenómeno que a todos afeta''.

Com quatro meses de salários em atraso, e com uma greve marcadas para os três últimos jogos da Liga Zon Sagres, o primeiro dos quais no domingo, frente ao Feirense, os jogadores não adicaram de receber pelo menos três salários. Nas últimas semanas, cinco jogadores já tinham rescindido os seus contratos.

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