O presidente da FIFA, Joseph Blatter, defendeu hoje que “a política não deve interferir no futebol”, em referência à recusa de vários líderes de países europeus de assistir ao Euro2012, em protesto contra a prisão de Iulia Timochenko.
Blatter reafirmou o que tinha dito na quinta-feira o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, assinalando que “deve existir um diálogo entre as autoridades políticas e desportivas, mas a política não deve interferir no futebol”, em declarações proferidas durante o 62.º Congresso da FIFA, em Budapeste.
O presidente da FIFA lembrou que “o futebol deve servir para unir e não para dividir”, numa reação à decisão de vários líderes europeus de não comparecerem na Ucrânia – coorganizadora do Euro2012, em conjunto com a Polónia -, em protesto contra a condenação a sete anos de prisão da ex-primeira-ministra Iulia Timochenko.
Blatter manifestou também oposição à marcação grandes penalidades como forma de desempate, considerando que o futebol “perde a essência” quando se recorre a essa última opção, como aconteceu recentemente na final da Liga dos Campeões, ganha pelo Chelsea na “lotaria” frente ao Bayern de Munique.
O líder da FIFA admitiu também que “as coisas não estão a ser tão fáceis” como esperava relativamente à organização da fase final do Campeonato do Mundo de futebol de 2014, mas acrescentou que confia “plenamente” nas autoridades políticas e desportivas do Brasil.