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China: 24 condenações na primeira grande campanha anticorrupção

Dois ex-diretores da Associação Chinesa de Futebol (CFA) foram hoje condenados a dez anos e meio de prisão por corrupção, culminando o julgamento de 24 profissionais da modalidade, entre quais quatro antigos jogadores da seleção e outros tantos árbitros.

China: 24 condenações na primeira grande campanha anticorrupção

Além de Nan Yong e Xie Yalong, cujas sentenças foram proferidas esta manha (hora local), um antigo lider da seleção Wei Shaohaui e um ex-vice-director do Centro Administrativo da CFA Yang Yimin foram também condenados a dez anos e meio de prisão, por aceitarem subornos.

Foram as mais pesadas penas pronunciadas no âmbito da campanha anticorrupção no futebol desencadeada no final de 2009, depois de um antigo responsável da comissão de arbitragem da CFA Zhang Jianqiang ter sido condenado a 12 anos de prisão, em abril passado.

Quatro internacionais chineses - incluindo dois jogadores da única seleção chinesa apurada para a fase final de um Mundial, em 2002 - foram condenados a seis e a cinco anos e meio de prisão por aceitarem subornos.

Dois árbitros, um dos quais, Lu Jun, chegou a apitar num Mundial, foram condenados a cinco anos e meio de prisão.

A profissionalização do futebol na China foi autorizada há apenas duas décadas, depois de o XIV Congresso do Partido Comunista Chinês ter adotado a ''economia de mercado socialista'', em 1992, mas, como noutros setores, a corrupção não tardou a aparecer.

Apesar do número de condenações, observadores chineses afirmaram recear que as raízes do fenómeno não tenham sido definitivamente eliminadas.

''As sentenças de hoje não devem significar o fim da luta contra a manipulação de resultados, subornos e apostas que flagelaram o futebol chinês durante mais de uma dezena de anos'', alertou a agência noticiosa oficial chinesa Xinhua (Nova China) num comentário difundido hoje.

O público, entretanto, afastou-se, a CCTV (Televisão Central da China) deixou de transmitir os jogos e o número de praticantes da modalidade desceu de cerca de meio milhão, em 2000, para apenas 50.000 uma década mais tarde, indicou a mesma fonte.

A campanha anticorrupção ''restaurou, contudo, alguma confiança'' no futebol chinês, reconheceu o cético comentador da Xinhua: os adeptos estão a voltar aos estádios, que registam agora ''a maior afluência'' desde a criação da super liga chinesa, em 2004.

Este ano, pela primeira vez, 13 das 16 equipas que disputam aquela prova são orientadas por técnicos estrangeiros, entre os quais os portugueses Jaime Pacheco e Nelo Vingada.

O primeiro dirige o Beijing GuoAn, a equipa de Pequim, e o segundo está à frente do Dalian Shide, na costa norte da China.

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