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Euro 2012: Não há campeões sem sorte e a Espanha não é exceção

A Espanha provou no domingo, mais uma vez, todo o seu poderio. O 4-0 imposto à Itália, resultado mais dilatado numa final do Campeonato da Europa, colocou a “La Roja” como a primeira seleção a conquistar três títulos internacionais consecutivos.

Euro 2012: Não há campeões sem sorte e a Espanha não é exceção

No entanto, em todas estas conquistas há um dado curioso: a estrelinha de campeão esteve sempre presente, aparecendo em momentos decisivos. Falo das grandes penalidades…

Se os penáltis são uma lotaria, esta geração de ouro espanhola é também uma geração bafejada pela sorte. Em 2008, nos quartos-de-final, depois do nulo verificado frente à Itália, Casillas brilhou ao suster duas grandes penalidades, de Di Natale e De Rossi. A Espanha seguiu em frente (4-2) e o guarda-redes do Real Madrid foi considerado o homem do jogo.

No Mundial da África do Sul, apesar da turma de Del Bosque não ter decidido nenhuma eliminatória depois dos 120 minutos de jogo, a verdade é que a falta de eficácia na marca dos 11 metros tirou ao Paraguai o sonho de ficar entre as quatro melhores seleções do mundo. Com um jogo muito equilibrado, já na segunda parte, Cardozo perdeu a oportunidade de colocar os sul-americanos em vantagem. Curiosamente, Xabi Alonso também haveria, mais tarde, de desperdiçar uma grande penalidade. O jogo foi decidido com um golo de David Villa, já na parte final do encontro.

E agora na Ucrânia, como nenhum português se esquecerá, a “La Roja” voltou a ser feliz no desempate através das grandes penalidades. Rui Patrício ainda defendeu o primeiro penálti, mas Casillas e o ferro travaram dois dos remates portugueses, permitindo à Espanha marcar lugar em mais uma final europeia.

Curiosamente, antes deste triplete, os espanhóis, com exceção de uma meia-final frente à Dinamarca em 1984, não guardariam grandes recordações da marca dos 11 metros. As primeiras duas eliminações surgiram nos quartos-de-final do Mundial-1986 e do Euro-1996, frente à Bélgica e Inglaterra, respetivamente. Depois, em 2000, novamente nos quartos, Raul teve a oportunidade de empatar o encontro frente à França, mas, com o jogo mesmo a terminar, desperdiçou a grande penalidade.

O jogo mais dramático aconteceu no Mundial da Coreia/Japão, em 2002. Nos oitavos-de-final da prova, frente à República da Irlanda, a turma espanhola sofreu o empate aos 90 minutos, através da conversão de um castigo máximo pelo inevitável Robbie Keane. No prolongamento nada se alterou e a lotaria das grandes penalidades voltou a não sorrir aos “nuestros hermanos”.

Desde então tudo mudou e o azar não mais bateu à porta de Espanha. Momentos felizes que os espanhóis, com a grande qualidade dos seus executantes, souberam aproveitar para escrever uma página única na história do futebol. Lá diz o povo que “não há campeões sem sorte”…e tem razão!

Confira aqui tudo sobre a competição.

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