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Luiz Felipe Scolari: Os prós e contras de uma escolha provável

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a par do comité organizador do Mundial-2014 nos tempos mais recentes, fez transparecer uma clara imagem de desnorte. Se já não bastavam os atrasos ao nível das infraestruturas desportivas, também a Federação canarinha parece caminhar sobre terrenos minados.

Luiz Felipe Scolari: Os prós e contras de uma escolha provável

Felipe Scolari não é um novato, tem já provas dadas e consegue cativar as massas como poucos o fazem. Mas será que isso chega para superar o choque da 'Copa' de 1950, na célebre final do Maracanaço? A resposta necessita de reflexão para que seja assertiva e só daqui a sensivelmente ano e meio é que poderá ser devidamente esclarecida. Mas, para já, é importante medir os pratos da balança para perceber se esta é ou não uma escolha digna de ser aceite.

As carências das equipas de 'Felipão' no plano técnico/tático são evidentes. No Euro-2004 faltou-nos mais do que apenas sorte para ganhar o Europeu que nós próprios realizamos. Acima de tudo, necessitávamos de alguém que, pelo menos à segunda oportunidade, tivesse a perceção de como superar o resistente autocarro grego. E Scolari não teve essa capacidade.

Mas sobram-lhe adjetivos em matéria de galvanização. Portugal vinha de um Mundial desastroso, em 2002, e este brasileiro, que chegou com o rótulo de Campeão do Mundo (com o Brasil, no Mundial da Coreia e Japão, em 2002), conseguiu unir o povo em torno de um único objetivo. O elenco ao seu dispor era quiçá, o melhor e mais completo que algum selecionador luso teve para trabalhar, mas faltava a motivação e a chama que o seu antecessor não soube incutir. Ficam as bandeiras nas janelas, mas o título, esse, paira noutras bandas.

Outro ponto indiscutível é a boa imagem de que Scolari goza em Terras de Vera Cruz. É mau despedir um técnico na ressaca de uma vitória no Superclássico das Américas? Talvez. Mas, pior do que isso, é contratar alguém que acaba de sair de um histórico clube canarinho recém-despromovido (falo do Palmeiras, obviamente). Mano Menezes já estava despedido desde a final perdida, nos Jogos Olímpicos, frente ao México. Era só a demora de 'Felipão' afundar o 'Verdão'. A partir daí, apenas faltava acertar os pormenores com os patrocinadores e ele ai está, ao leme de uma das embarcações mais prestigiantes do mundo, uma vez mais.

O povo queria Luiz Felipe Scolari, porque de treinadores pragmáticos e com uma visão europeia do futebol já eles estão saturados. Mas também não é menos verdade que o ideal seria encontrar alguém que conjugue conceitos e conhecimentos táticos com o virtuosismo e talento dos jogadores brasileiros. E, à partida, o 'Sargentão' não parece possuir os requisitos para semelhante tarefa.

No que toca a campeonatos de seleções, o Brasil é o país com maior tradição em todo o mundo. Jogar em casa aumenta as probabilidades de vitória, em primeira instância, mas também a pressão sobre os ombros de 'Felipão'. E pela mesma porta que entrou, também ele pode ver-se obrigado a sair. Quiçá, em breve. Feitas as contas, é fácil sumarizar todo este processo. Na Taça das Confederações de junho próximo, o Brasil começa a jogar a sua participação no Mundial-2014.

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