A Taça das Nações Africanas 2013, na África do Sul, está a ser tudo menos desinteressante. Ninguém apostaria numa final Nigéria-Burkina Faso e isso já diz muito acerca da prova rainha do continente africano. Algumas boas partidas, muitos excelentes jogadores. Acompanhe o Futebol 365 e confira as três equipas e os três atletas que mais se destacaram pela positiva e pela negativa.
Equipas em alta:
Burkina Faso – Os ‘Garanhões’ eram tudo, menos favoritos a vencer a CAN 2013. Se derrotarem a Nigéria na final, farão algo semelhante ao que a Zâmbia conseguiu na Taça das Nações Africanas 2012, realizada no Gabão e na Guiné-Equatorial. O Burquina Faso chegou aos quartos-de-final em primeiro lugar do grupo C, à frente da… Nigéria.
Nigéria – É o renascer de um gigante do continente africano. As ‘Super Águias’ sempre foram das equipas mais reputadas em África, mas andavam algo apagadas nos últimos anos. Na CAN 2013, sob o comando de Stephen Keshi, as exibições saíram tão naturais e avassaladoras, que o futebol praticado pelos jogadores de um dos países mais populosos do Mundo conquistou todos os adeptos. Na final, são os grandes favoritos à vitória.
Cabo Verde – Em ano de estreia absoluta na Taça das Nações Africanas, os ‘Tubarões Azuis’ chegaram com estilo aos quartos-de-final. Depois de se apurar no segundo lugar do grupo A, com os mesmos cinco pontos da anfitriã África do Sul, o conjunto de Lúcio Antunes caiu perante o Gana. De cabeça erguida. Ficou a certeza de uma equipa, de um povo e de um treinador que prometem dar muito mais ao futebol africano e mundial.
Equipas em baixa:
Costa do Marfim – Era agora ou nunca. Os ‘Elefantes’ borraram a pintura ao serem eliminados pela Nigéria nos quartos-de-final. Muito se esperava, mas pouco se viu. Na fase de grupos, Gervinho e companhia ainda pareciam em forma, mas Sabri Lamouchi não conseguiu ter mão num conjunto repleto de estrelas. Uma Nigéria organizada chegou e sobrou para acabar com a caminhada do semifinalista da CAN 2012.
África do Sul – A jogar em casa e com o apoio do público, esperava-se um pouco mais dos ‘Bafana Bafana’. Sem Steven Pienaar – o médio do Everton renunciou à seleção -, a equipa anfitriã pecou por alguma displicência e pareceu acusar a pressão de ter que mostrar algo. Nem as vuvuzelas ajudaram e um Mali q.b. chegou e sobrou para acabar com o sonho nos quartos-de-final.
Zâmbia – O defensor do título conquistado em 2012 já não tinha o estatuto de outsider na CAN 2013. Cair logo na fase de grupos era impensável, mas aconteceu. É certo que a Zâmbia caiu no grupo dos dois finalistas da prova (Nigéria e Burkina Faso), mas pedia-se mais do que apenas três pontos, dois golos marcados e dois sofridos. Fica para a próxima!
Jogadores em alta:
Jonathan Pitroipa – A par do lesionado Alain Traoré, Pitroipa está ser uma das peças fundamentais da caminhada gloriosa do Burkina Faso na CAN 2013. Expulso de forma errónea nas meias-finais, o médio do Rennes foi despenalizado e poderá estar presente na partida decisiva frente à Nigéria, já no próximo domingo. Segue com dois golos e boas assistências.
Emmanuel Emenike – É o goleador de serviço da Nigéria. Em cinco jogos disputados, só não fez o gosto ao pé na terceira jornada da fase de grupos (2-0, Etiópia). A defesa do Burkina Faso não poderá distrair-se, pois o homem do CSKA de Moscovo veio com rodagem de Liga dos Campeões. Teve a sorte de ser servido muitas vezes pelo jovem Victor Moses.
Yaya Touré – Não foi por falta de empenho do melhor jogador africano do ano 2012 que a Costa do Marfim não foi mais longe na Taça das Nações Africanas. O médio do Man City esteve irrepreensível, com um pulmão infindável e muito solidário. Marcou por duas ocasiões, serviu com classe, jogou e fez jogar.
Jogadores em baixa:
Didier Drogba – A nova contratação do Galatasaray avisou no início da prova que esta seria a última CAN da sua carreira, prova que não possui no currículo. Assim sendo, esperava-se mais empenho e dedicação de uma das maiores estrelas do continente africano. Marcou por apenas uma ocasião e esteve muito mais apagado do que os colegas Gervinho, Wilfried Bony e Didier Ya Konan.
Manucho Gonçalves – O Cristiano Ronaldo de Angola não apareceu. Os adeptos dos ‘Palancas Negras’ tinham uma fé infindável na sua veia goleadora para levar a equipas às costas, mas o avançado do Valladolid nem sequer teve oportunidade de fazer o gosto ao pé. A boa época que continua a fazer na Liga BBVA não foi esquecida. No entanto, pedia-se mais a alguém do seu gabarito.
Asamoah Gyan – A grande estrela do Gana, jogador em maior evidência na excelente caminhada das ‘Estrelas Negras’ no Mundial-2010, foi completamente ofuscado no ataque pelo colega Wakaso Mubarak, melhor marcador da competição, com quatro golos. Recusou-se a marcar penaltis com o fantasma de outros tempos. Mesmo assim, correu muito.