Paulo Bento: «Exibição foi suficiente para ganhar mas faltou-nos eficácia»

“Cada jogo é um jogo e não vamos falar aqui se é o quinto ou o sexto sem vencer. Em primeiro lugar, houve momentos positivos, nomeadamente a entrada em jogo, com a vantagem alcançada logo aos dois minutos, que deveria ter sido encarada como um reforço, mas que acabou por penalizar a equipa.

O facto de estar a ganhar muito cedo levou a equipa a baixar a intensidade de jogo. Acresce a isto algum défice de agressividade em termos defensivos, que levou a que sofresse-mos o primeiro e segundo golo.

Sem termos feito uma exibição brilhante, foi mais do que suficiente para ganhar, mas faltou-nos eficácia. Com tantas oportunidades e num jogo deste calibre, fizemos poucos golos para as ocasiões que criámos e Israel fez três golos nos três remates que fez.

Não fizemos uma grande exibição, mas voltámos a fazer o suficiente para ganhar. Fazer um golo aos dois minutos devia ter sido positivo e não negativo e muito do que Israel fez teve muito da nossa responsabilidade.

O que há a fazer agora é muito simples, recuperar os jogadores, nomeadamente do ponto de vista físico, pois corremos mais do que aquilo que seria necessário. O esvaziamento do élan gerado pelo golo aos dois minutos levou também a um desgaste emocional.

Tivemos que ir atrás de uma desvantagem de dois golos. Nunca falo de uma quebra de atitude e de querer, mas de mentalidade, que é um problema muito nosso, português. Há coisas que são muito difíceis. Teremos outro jogo complicado com o Azerbaijão (terça-feira, em Baku)”.