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Na Guiné Equatorial «Tubarões Azuis» só vão pensar no jogo – selecionador

O selecionador cabo-verdiano garante que os ''Tubarões Azuis'' vão à Guiné Equatorial para disputar um ''jogo decisivo'' e que outros fatores em nada vão influenciar o objetivo de somar os primeiros pontos no apuramento para o Mundial 2104.

Na Guiné Equatorial «Tubarões Azuis» só vão pensar no jogo – selecionador

Em entrevista à agência Lusa antes de partir rumo à Malabo, Lúcio Antunes foi perentório quando questionado sobre se outros fatores, que nada têm a ver com futebol, podem influenciar o ''jogo do tudo ou nada'' que a seleção de Cabo Verde disputa no domingo contra a Guiné Equatorial.

''Não, não. Vamos disputar mais uma partida de futebol, é só isso. É um adversário difícil que tem bons jogadores, com um público que gosta de futebol, o estádio vai estar cheio e vai ser complicado para nos'', disse Lúcio Antunes.

O país liderado pelo Presidente Teodoro Obiang, no poder desde 1979, é um regime acusado de ser repressivo e pouco respeitador dos direitos humanos por várias organizações internacionais. Nos últimos anos tem vindo a desenvolver esforços para tornar-se membro de pleno direito da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Contudo, essa pretensão tem esbarrado num coro de críticas por parte sociedade civil e de alguns responsáveis políticos lusófonos, que consideram que Malabo tem de continuar a levar a cabo reformas internas em conformidade com os princípios orientadores do bloco, designadamente, primado da paz, da democracia, do Estado de direito, dos direitos humanos e da justiça social.

''Nem Malabo nem sítio nenhum é fácil quando se joga fora de portas'', apontou o 'mister' cabo-verdiano, salientando que a ''única preocupação'' da sua equipa é a de ''dar uma boa resposta e levar os três pontos'' para casa.

Atualmente com zero pontos, atrás da Guiné Equatorial (um ponto), Serra Leoa (quatro) e da Tunísia, que lidera o grupo com seis, o jogo de domingo é ''fundamental para não ficar fora da corrida'' e concretizar o sonho de ver Cabo Verde apurado, pela primeira vez na história, para a fase final de um campeonato mundial de futebol, que ainda por cima terá lugar no Brasil, lembrou.

''A diferença é grande em relação aos adversários, temos de correr atrás do prejuízo'', frisou Lúcio Antunes.

Embalado pela excelente campanha até aos quartos-de-final na primeira participação na Taça das Nações Africanas (CAN2013), o selecionador mostrou se confiante de que Cabo Verde vai estar a altura do desafio e conseguir ''um bom resultado'' no domingo.

Após a deslocação à Malabo, os Tubarões Azuis voltam a Lisboa e seguem depois para Cabo Verde, onde nos dias 07 de junho jogam em casa contra a Guiné Equatorial e no dia 14 contra a Serra Leoa. ''Nessa altura esperamos ter nove pontos'', afirmou Lúcio Antunes.

Apesar de a Guiné Equatorial ser uma nação rica, com um dos PIB per capita mais altos do mundo, graças à exploração de petróleo e gás, as grandes receitas petrolíferas contrastam com o real padrão de vida da população.

A Human Rights Watch e o Instituto Soros salientam que o negócio do petróleo beneficia ''principalmente a classe dirigente e os seus aliados''.

As ''detenções arbitrárias por motivos políticos'' e os ''desaparecimentos forçados de opositores ao Governo'' são apenas algumas das violações de direitos humanos que organizações internacionais atribuem ao regime de Obiang.

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