O diretor desportivo do Paços de Ferreira, Carlos Carneiro, considerou hoje ''muito difícil'' repetir o nível apresentado pela atual equipa de futebol, com o quarto lugar assegurado e na luta pelo último lugar do pódio na Liga Zon Sagres.
''Estamos com todo o mérito no terceiro lugar, que tentaremos manter até ao fim, mas pode dizer-se que foi uma época atípica e desportivamente quase impossível de repetir'', disse Carlos Carneiro, em declarações à agência Lusa.
O diretor desportivo pacense disse acreditar que será ''difícil criar expectativas mais elevadas'' e que ''os objetivos vão ter de continuar a ser os mesmos'', com a permanência como prioridade.
''Vai ser difícil manter este nível para o ano, face às limitações próprias do clube, e naquilo que o Paços mais pode crescer é nas infraestruturas'', insistiu.
Para reforçar esta ideia, Carlos Carneiro deu conta de que ''a próxima época está a ser preparada como normalmente'', apesar de já estar confirmado a qualificação para as competições europeias, e obedece aos ''mesmos critérios de escolha'' dos seus profissionais.
Carneiro realçou que a diferença é que ''a exigência e o nível do plantel subiram com os resultados'' alcançados, reconhecendo que ''todos os profissionais estão supervalorizados'' e que alguns deverão mesmo deixar o clube, apesar de até ao momento ''não existirem propostas concretas''.
O responsável considerou ainda ''um marco histórico'' para o clube o inédito quarto lugar, garantido a quatro jornadas do fim do campeonato, numa época que poderá terminar ainda melhor, se o Paços de Ferreira conseguir segurar o atual terceiro lugar (com mais três pontos do que o Sporting de Braga e em vantagem no confronto direto).
''O mérito é de todos, de todas as pessoas que trabalham no clube e dos adeptos, pois só com essas sinergias é que se conseguem estas coisas'', frisou Carlos Carneiro.
Para o diretor desportivo pacense, a maior fatia deste sucesso compete à equipa técnica e aos jogadores, que revelaram ''um crescimento muito grande'' e uma ''assimilação muito rápida das ideias do treinador''.
''Quando o coletivo é forte, os valores individuais sobressaem mais facilmente'', sublinhou, insistindo na ideia de que ''melhor é manter a posição atual, o que seria [igualmente] inédito''.
Sobre o terceiro lugar, que garantiria a presença da equipa no ''play-off'' da Liga dos Campeões, o antigo futebolista, de 38 anos, e um dos responsáveis pelo sucesso da equipa, é claro: ''Sabemos que vai ser muito difícil [manter o terceiro posto], mas estamos convictos de que podemos lá estar e tudo faremos para que isso aconteça''.